quinta-feira, 5 de janeiro de 2017


Inevitável Deus

 

                            Pelo fato de a palavra infinito (contraposta a finito como não-finito) existir, isso implica uma série de coisas. Por exemplo, no espaçotempo não-finito de modelação, TODAS as composições são possíveis nalgum lugar, nalgum tempo. Deve ser verdade que sejam possíveis até num mesmo lugar, num mesmo tempo, pelas propriedades do infinito.

                            Concluí que Deus é o lado racional do pluriverso e começa a ser montado com a primeira vida, seguindo daí, até que na pontescada (Física/Química, salto para a vida; Biologia/p.2, salto para a alma; Psicologia/p.3, salto para os seres novos; Informática/p.4, salto para a hipermente; Cosmologia/p.5, salto para o infinito; Dialógica/p.6, montagem e disparo da bomba dialógica) e nas pirâmides se dê o salto ao não-finito. Isso acontece sempre, dadas as propriedades do infinito, de modo que em algum ponto do pluriverso está havendo sempre o salto para o infinito e DEUS SEMPRE HÁ, em todos os pontinstantes. Em algum universo do pluriverso está sempre havendo o salto, de forma que há uma continuidade. Assim, Deus é inevitável.

                            Mas, no espaçotempo de configuração Deus não pode estar em toda parte e em todo instante, pela própria natureza do raciocínio. É onipotente, é onisciente, porém em relação às outras criaturas e não em relação àquilo que é o inerte no pluriverso. De qualquer modo esse inerte, por definição, não pode lhe fazer frente. Como, cada vez que há o salto infinito, o que salta é sempre o mesmo Deus, resulta que esse UM, esse único que consegue saltar reúne-se às suas semelhanças anteriores e posteriores. De fato, Deus há, sempre há, contudo não da maneira como diziam.

                            Vitória, domingo, 10 de novembro de 2002.

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