terça-feira, 17 de janeiro de 2017


Fry e Schindler

 

                            Assisti o filme sobre Varian Fry, o americano que salvou, junto com assessores, dois mil artistas das garras do fascismo e do nazismo de 1939 a 1945 e só foi reconhecido muito depois, assim como Schindler, que salvou milhares de judeus, como foi retratado por Steve Spielberg em seu filme (que é muito doloroso e ainda não tive coragem de ver), A Lista de Schindler.

                            Devemos homenagear os corajosos, os destemidos, os que doam suas vidas pelos outros, porque é uma grande prova de amor.

                            Assim sendo, proponho a construção de um CENTRO MUNDIAL DA LIBERDADE, abrigando prédios, cada um com o nome de um salvador, num grande conjunto numa área arborizada, com qualquer belíssima arquiengenharia, tanto endereço real quanto virtual. Ali estarão os filmes, os documentários, os livros, os objetos, salas de estudos e de palestras, computadores para acesso, e serão tomados depoimentos, se os participantes ainda estiverem vivos. A memória salvadora da humanidade deve ser resgatada. A liberdade é fundamental.

                            Como qualquer país pode cair sob tirania, cópias devem estar localizadas em lugares a cargo de outras pessoas, desconhecendo uns a existência de outros, todos tendo os mesmos produtos. As nações devem financiar – tanto governos quanto empresas, numa atividade conjunta. Nada seria mais perfeito se descendentes dos oprimidos e dos opressores trabalhassem juntos pela causa da liberdade. As pessoas não devem esquecer que a liberdade ofende os tiranos e que quando estes voltarem a dominar os cenários procurarão destruir os faróis que clamam por ela, razão pela qual as cópias devem permanecer ocultas, para retomarem o trabalho quando surja a ocasião (uma se manifestará e as outras permanecerão ocultas, de cada vez).

                            Vitória, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002.

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