quinta-feira, 12 de janeiro de 2017


Escola de Hospitais

 

                            Cada hospital tem lá seu atendimento, sua direção, sua política administrativa, seu corpo médico e de enfermeiras, e assim por diante, inclusive desenhos ou formas e conteúdos ou conceitos característicos. Cada um é independente de todos os outros, a menos que vários formem um grupo empresarial ou estejam em dependência administrativa aos governos. O resultado é que não há padronização, exceto a que vem de saber notícias pela mídia ou de pé-de-ouvido.

                            Não há uma ESCOLA UNIVERSAL DE HOSPITAIS (ou seus equivalentes nas nações, nos estados, nos municípios/cidades) nem uma PEDAGOGIA HOSPITALAR. Não há um centro de referência, nem há uma Mídia associada (TV, Rádio, Revista, Livro, Jornal e Internet do Hospital geral). Enfim, é um “Deus no acuda” e um “cada um por si e Deus por todos”, sem direção central governempresarial. Não há uma arquiengenharia neo-bauhaus de remodelação das formestruturas, colocando-os em parques e praças aprazíveis.

                            De dentro para fora, dos hospitais para a mídia e o público e privado, e vice-versa, de fora para dentro, das amplas populações, povo-e-elites, povelite/nação, não são trocadas interrogações e respostas – é bem primitivo mesmo, é medonhamente atrasado.

                            Pelo contrário, proponho aqui essa ESCOLA DE HOSPITAIS, onde enfermeiras, médicos, direção iriam APRENDER HARMONIA e harmonização, a se tornarem e serem vetores da reconstrução do equilíbrio, quer dizer, a operar nesse meio que na Teoria da Comunicação liga o emissor (das doenças e desconfortos) e o receptor-curador pessoal (indivíduos, famílias, grupos e empresas médicas), com tratamento diferenciado identificado das classes do labor (operários, intelectuais, financistas e militares, e burocratas), das classes do Ter (ricos, médios-altos, pobres e miseráveis), das classes econômicas (agropecuaristas/extrativistas, industriais, comerciais e de serviços, e bancários), sem sucumbir a preferências segregadoras. Há um bê-a-bá do atendimento correto, há uma leitura psicológica ou das almas e seus estados de espírito, há que re-preparar os instrumentos de medição (como pedi na morte de papai em 1978) na relação bilateral entre o paciente e seu atendente e as máquinas, pois os acompanhantes e os pacientes não são tão frios quantos os atendentes.

                            Há muito a estudar e a ensinar. Identificada a necessidade, acontecerão os saltos, porquanto toda uma pesquisa & desenvolvimento teórico & prático surgirá rapidamente.

                            Vitória, sábado, 07 de dezembro de 2002. 

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