Escola das Reavaliações
Em
seu livro, A Empresa na Velocidade do Pensamento (com um sistema nervoso
digital), São Paulo, Cia. das Letras, 1999, p. 23, Bill Gates diz: “A idéia importante aqui é de que a empresa não tome como
certa sua posição no mercado. Ela deve fazer reavaliações constantes”,
colorido meu.
Não
só as empresas, idealmente todos os conjuntos psicológicos. Reavaliações das
pessoas (dos indivíduos, das famílias, dos grupos e das empresas) e reavaliações
dos ambientes (dos municípios/cidades, dos estados, das nações e do mundo).
Como é que ninguém nos ensinou isso? Como é que não há uma Universidade das
Reavaliações? Por quê os governos e as empresas, as políticas e as
administrações, as polícias militares e civis, o Congresso, as Assembléias
Legislativas, as Câmaras de Vereadores, os Tribunais de Justiça não passam por
reavaliações duplas, internas (de dentro para fora) e externas (de fora para
dentro)? Como é que o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, e Matemática) geral não faz seminários
de re-avali/ação, ato permanente de re-avaliar? Onde é que nós já vimos
anunciado que alguma das 6,5 mil profissões realizou um congresso de
reavaliação? O que há são essas reuniões em que os profissionais vão passear e
aprender uma ou outra coisa.
De
repente me dei conta de que não nos reavaliamos. Não reavaliamos nossas formas
e nossos conteúdos, nossas condutas e gestões. Por quê é tão difícil fazê-lo?
Ninguém nos treinou. O que existia na URSS era um processo doloroso, público,
de castigo dos indivíduos, com retratações pavorosas naquela, como diz o povo,
“defamada” União Soviética de triste memória. Ninguém quer aquela coisa
traumática e absurda, mas seria positiva uma forma branda de reolhar nossos
atos, no sentido de melhorarmos nossa performance.
Vitória,
sábado, 14 de dezembro de 2002.
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