Escola de Desempregados
Associada
a ela uma PEDAGOGIA DE DESEMPREGADOS, uma UNIVERSIDADE DE DESEMPREGADOS e uma
MÍDIA DE DESEMPREGADOS. As pessoas sempre tratam o desemprego como uma chaga
incurável, quando toda crise deve ser tomada como uma oportunidade também, de
rever conceitos e formas, de dar saltos para o futuro, no sentido de
desacomodar das tradições degenerativas (tanto o são quanto conduziram ao
chamado “desemprego estrutural”, ou permanente).
A
questão toda é a de falta de visão, justamente esta de, mudando a mesa para o
contrário, com o avesso colocar os pés para baixo e a mesa toda na posição
correta. Como quase todo mundo eu também fujo emocionalmente dos problemas, com
o quê eles vão ficando maiores (não fossem os motivos educativos). Racionalmente
podemos aprender a enfrentá-los.
Juntando
MÍDIA x ESCOLA x PEDAGOGIA x PSICOLOGIA, podemos fazer muito, dando dominância
ao primeiro, ao segundo, ao terceiro, ao quarto, com muitos arranjos. Rever a
questão do desemprego, tomá-lo como uma mola propulsora da produçãorganização
socioeconômica. Os governempresas podem usar o desemprego como uma forma de
ensinamento, colocando os casos em escaninhos por triagem das semelhanças e
então divulgando nacionalmente como se pode processar a renovação tanto de um
lado quanto de outro, quer dizer, dos empregadores e dos empregados. Mostrando
aos empresários o que podem fazer para não apenas aumentar mas reduzir o número
de empregados, reduzindo o desperdício, juntando esse dinheiro e reinvestindo
noutras formas de produção, melhorando a socioeconomia. Quanto aos
desempregados, a renovação viria sob a forma de reaprendizado das tendências
recentes da civilização, tanto aprendizado em escolas próprias (privadas ou
públicas) quanto no lar, através de um Programa dos Desempregados, como
se faz na Globo com o Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN), com uma
revista associada.
Empresários,
trabalhadores, professores seriam chamados a dar aulas, falando de suas
experiências. Em vez de fugir do problema, encará-lo de frente. Em vez de fazer
do desemprego um inimigo, revertê-lo a companhia que ensina, se não vamos
louvá-lo. Chamar os desempregados às mudanças, ao re-aprendizado contínuo (o
que valeria para os empregados também, porque os desempregados desatualizados
seriam agora atualizados).
Vitória,
quinta-feira, 12 de dezembro de 2002.
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