domingo, 1 de janeiro de 2017


Era do Conhecimento

 

                            Alguém disse que agora entramos na Era do Conhecimento.

Bom, o Conhecimento geral no modelo pressupõe duas alturas diferentes e complementares, uma teórica e alta e outra prática e baixa, nenhum patamar podendo viver sem o outro e nenhum sendo melhor que o outro, no final das contas. São apenas diferentes, mas não antagônicos.

                            Do Conhecimento alto temos: conhecimento mágico, conhecimento teológico, conhecimento filosófico, conhecimento científico. Do Conhecimento baixo temos: conhecimento artístico, conhecimento religioso, conhecimento ideológico, conhecimento técnico. E conhecimento matemático ou geoalgébrica no centro e no topo de tudo.

                            Ora, se é ERA DO CONHECIMENTO deve ser era do conhecimento de que só alteando ao mesmo tempo liberdade das elites e igualdade do povo poderemos ter um mundo sem conflitos e sem contrastes exagerados, uns tendo demais e outros quase nada. A tentativa de elevar apenas um dos lados, esquerda ou direita, seria como construir uma pirâmide que tivesse um lado só, uma parede vertical que sob a pressão lateral fatalmente desabaria. Pelo contrário, é só num corpo em que esquerda e direita respeitem uma à outra que a vida pode funcionar plenamente, com o máximo de aproveitamento, com a convergência no Alto, vindo dos quatro cantos da Terra.

                            A imagem da pirâmide é apenas para dizer do refinamento conjunto do Conhecimento geral, em patamares cada vez mais expressivos e representativos do entendimento final e mais compacto. Agora, como fazer esses quatro vértices superiores, que podem se combinar dois-a-dois para formar mais um punhado de encontros, e com as contrapartes um tanto a mais, favorecerem uma nova percepção das 6,5 mil profissões, sua modificação, avanço, aprofundamento? Como o Conhecimento geral pode modificar CONSCIENTEMENTE tudo que é humano no Dicionário e na Enciclopédia? Se essa Era está nascendo tão auspiciosamente, se ela tanto promete, é preciso que cumpra, o que quer necessariamente dizer muito trabalho cuidadoso, meticuloso, atencioso ao máximo. Seria preciso a ONU criar um Congresso do Conhecimento Universal, sem privilégios para ninguém, porém guardando as proporcionalidades características (população, área, riqueza, antiguidade, objetos produzidos, arqueologia declarada, pesquisa & desenvolvimento, patentes, verbas destinadas à busca e uma série de quesitos outros) na escolha dos deputados e dos senadores, como eu já expus noutros lugares.

                            Há também que construir uma Cidade do Conhecimento Universal com parques, com bibliotecas, com museus, com livrarias, restaurantes, lojas, estacionamentos, uma ONU (UNESCO) das culturas e dos conhecimentos mundiais, com museus reais e virtuais – e isso numa nação não-central, de modo a realmente difundir aquela região. DE outra forma nada realmente teria mudado significativamente. Tudo continuaria uma imposição européia ou americana e não a grande aventura humana que é esperada.
                            Vitória, terça-feira, 29 de outubro de 2002.

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