Era do Conhecimento
Alguém
disse que agora entramos na Era do Conhecimento.
Bom, o Conhecimento geral no modelo
pressupõe duas alturas diferentes e complementares, uma teórica e alta e
outra prática e baixa, nenhum patamar podendo viver sem o outro e nenhum
sendo melhor que o outro, no final das contas. São apenas diferentes, mas não
antagônicos.
Do
Conhecimento alto temos: conhecimento mágico, conhecimento teológico,
conhecimento filosófico, conhecimento científico. Do Conhecimento baixo
temos: conhecimento artístico, conhecimento religioso, conhecimento
ideológico, conhecimento técnico. E conhecimento matemático ou geoalgébrica
no centro e no topo de tudo.
Ora,
se é ERA DO CONHECIMENTO deve ser era do conhecimento de que só alteando ao
mesmo tempo liberdade das elites e igualdade do povo poderemos ter um mundo sem
conflitos e sem contrastes exagerados, uns tendo demais e outros quase nada. A
tentativa de elevar apenas um dos lados, esquerda ou direita, seria como
construir uma pirâmide que tivesse um lado só, uma parede vertical que sob a
pressão lateral fatalmente desabaria. Pelo contrário, é só num corpo em que
esquerda e direita respeitem uma à outra que a vida pode funcionar plenamente,
com o máximo de aproveitamento, com a convergência no Alto, vindo dos quatro
cantos da Terra.
A
imagem da pirâmide é apenas para dizer do refinamento conjunto do Conhecimento
geral, em patamares cada vez mais expressivos e representativos do entendimento
final e mais compacto. Agora, como fazer esses quatro vértices superiores, que
podem se combinar dois-a-dois para formar mais um punhado de encontros, e com
as contrapartes um tanto a mais, favorecerem uma nova percepção das 6,5 mil
profissões, sua modificação, avanço, aprofundamento? Como o Conhecimento geral
pode modificar CONSCIENTEMENTE tudo que é humano no Dicionário e na
Enciclopédia? Se essa Era está nascendo tão auspiciosamente, se ela tanto
promete, é preciso que cumpra, o que quer necessariamente dizer muito trabalho
cuidadoso, meticuloso, atencioso ao máximo. Seria preciso a ONU criar um Congresso do Conhecimento Universal, sem
privilégios para ninguém, porém guardando as proporcionalidades características
(população, área, riqueza, antiguidade, objetos produzidos, arqueologia
declarada, pesquisa & desenvolvimento, patentes, verbas destinadas à busca
e uma série de quesitos outros) na escolha dos deputados e dos senadores, como
eu já expus noutros lugares.
Há
também que construir uma Cidade do Conhecimento
Universal com parques, com bibliotecas, com museus, com livrarias,
restaurantes, lojas, estacionamentos, uma ONU (UNESCO) das culturas e dos
conhecimentos mundiais, com museus reais e virtuais – e isso numa nação
não-central, de modo a realmente difundir aquela região. DE outra forma nada
realmente teria mudado significativamente. Tudo continuaria uma imposição
européia ou americana e não a grande aventura humana que é esperada.
Vitória, terça-feira, 29 de outubro de
2002.
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