Escalas
Escola = ESCALA na
Rede Cognata.
Pense em
pré-primeiro grau (os anos dependem de quando as crianças foram introduzidas
nele), primeiro grau (oito anos), segundo grau (três anos), terceiro (quatro a
seis anos), mestrado (dois anos), doutorado (quatro anos), pós-doutorado
(indefinido, em geral quatro anos), de 25 a 27 anos ou mais, fora os anos das
classes de alfabetização.
Agora pense em tudo
isso, que está na vertical, posto como uma linha na horizontal, até como uma
pirâmide que começa pequena em baixo e vai crescendo por degraus, até o máximo
no pós-doutoramento, pense nisso tendo um lado para baixo e outro para cima,
como uma espécie de altitude. Para baixo estarão os deprimidos, que se
contentam com o conhecimento que é cedido por pessoas (indivíduos, famílias,
grupos e empresas) ou ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundos)
e para cima os que vão por si mesmos, mesmo que voar seja difícil para quem não
tem asas – esses aprenderão a construí-las, ainda que como Ícaro corram o risco
de cair, ou como Prometeu de serem torturado pelos ciumentos deuses o resto da
eternidade.
Então, quão alto ou
baixo irá o postulante depende dos esforços de cada um. Por outro lado, quão
larga será a vida de qualquer um, de quanto ele postulará em termos de
amplificação de projeto, isto é, de quantos ele pretenderá introduzir nesse
projeto.
Então, temos três
escalas:
1) A pedagógica, da transferência de
conhecimento, através da Vida da Escola, que é a oficial, e da Escola
da Vida, que é a oficiosa, das ruas;
2) As intenções ou ímpetos ou energias,
quer dizer, a necessidade de aproveitamento dos esforços próprios;
3) Quanta gente o projetista pretende
incluir em suas metas.
Daí temos: pedagogias x energias x
aplicações (PEA). Coloquei o plural para indicar que há muitos caminhos, em
cada caso, há muitos modos de transferir conhecimento. As pedagogias nós
poderíamos classificar de 1 a 100, para indicar percentual, e assim também os
outros tópicos, de forma que podemos ir de 1 x 1 x 1 = 1 a 100 x 100 x 100 = 1.000.000,
em termos de potencial, inexistindo limites, realmente, fora aqueles de tempo
de vida, doenças, desvios do mau amor (que, como disse Nietzsche, nos mantém
prisioneiros, quando o adotamos) e do mal humor. A quarta escala é a
multiplicação exponencial que vem da sorte de associar-se a outros como você.
Veja só, essa é só uma das novas
formas de tratar as escalas. Quero retrabalhar essa questão para indicar como
podemos usar as escalas muito melhor para ler a realidade e a virtualidade, as
formas e as estruturas, as figuras e os conceitos, de modo a tirar mais de
tudo. Empregando logaritmos, colocando uma linha e levando até ela o que
queremos ressaltar do ambiente, excluindo os demais elementos que são
irrelevantes para a demonstração (isso pode ser feito e não é de modo algum
acientífico PORQUE do que quer que escolhamos como campo o operador tirará
somente aquilo que está definido nas margens de operação, indiferentemente às
nossas necessidades – não é o mesmo que forçar os dados). Enfim, os gráficos e
tabelas são poucos ilustrativos porque as escalas são insuficientes em sua
penetração estrutural, em sua conceptualização. As escalas são escolas, são
pedagogias, são psicologias, elas ensinam ou deseducam. É preciso
retrabalhá-las.
Vitória, sexta-feira, 25 de outubro de
2002.
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