domingo, 1 de janeiro de 2017


Escalas

 

                            Escola = ESCALA na Rede Cognata.

                            Pense em pré-primeiro grau (os anos dependem de quando as crianças foram introduzidas nele), primeiro grau (oito anos), segundo grau (três anos), terceiro (quatro a seis anos), mestrado (dois anos), doutorado (quatro anos), pós-doutorado (indefinido, em geral quatro anos), de 25 a 27 anos ou mais, fora os anos das classes de alfabetização.

                            Agora pense em tudo isso, que está na vertical, posto como uma linha na horizontal, até como uma pirâmide que começa pequena em baixo e vai crescendo por degraus, até o máximo no pós-doutoramento, pense nisso tendo um lado para baixo e outro para cima, como uma espécie de altitude. Para baixo estarão os deprimidos, que se contentam com o conhecimento que é cedido por pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) ou ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundos) e para cima os que vão por si mesmos, mesmo que voar seja difícil para quem não tem asas – esses aprenderão a construí-las, ainda que como Ícaro corram o risco de cair, ou como Prometeu de serem torturado pelos ciumentos deuses o resto da eternidade.

                            Então, quão alto ou baixo irá o postulante depende dos esforços de cada um. Por outro lado, quão larga será a vida de qualquer um, de quanto ele postulará em termos de amplificação de projeto, isto é, de quantos ele pretenderá introduzir nesse projeto.

                            Então, temos três escalas:

1)      A pedagógica, da transferência de conhecimento, através da Vida da Escola, que é a oficial, e da Escola da Vida, que é a oficiosa, das ruas;

2)     As intenções ou ímpetos ou energias, quer dizer, a necessidade de aproveitamento dos esforços próprios;

3)     Quanta gente o projetista pretende incluir em suas metas.

Daí temos: pedagogias x energias x aplicações (PEA). Coloquei o plural para indicar que há muitos caminhos, em cada caso, há muitos modos de transferir conhecimento. As pedagogias nós poderíamos classificar de 1 a 100, para indicar percentual, e assim também os outros tópicos, de forma que podemos ir de 1 x 1 x 1 = 1 a 100 x 100 x 100 = 1.000.000, em termos de potencial, inexistindo limites, realmente, fora aqueles de tempo de vida, doenças, desvios do mau amor (que, como disse Nietzsche, nos mantém prisioneiros, quando o adotamos) e do mal humor. A quarta escala é a multiplicação exponencial que vem da sorte de associar-se a outros como você.

Veja só, essa é só uma das novas formas de tratar as escalas. Quero retrabalhar essa questão para indicar como podemos usar as escalas muito melhor para ler a realidade e a virtualidade, as formas e as estruturas, as figuras e os conceitos, de modo a tirar mais de tudo. Empregando logaritmos, colocando uma linha e levando até ela o que queremos ressaltar do ambiente, excluindo os demais elementos que são irrelevantes para a demonstração (isso pode ser feito e não é de modo algum acientífico PORQUE do que quer que escolhamos como campo o operador tirará somente aquilo que está definido nas margens de operação, indiferentemente às nossas necessidades – não é o mesmo que forçar os dados). Enfim, os gráficos e tabelas são poucos ilustrativos porque as escalas são insuficientes em sua penetração estrutural, em sua conceptualização. As escalas são escolas, são pedagogias, são psicologias, elas ensinam ou deseducam. É preciso retrabalhá-las.

Vitória, sexta-feira, 25 de outubro de 2002.

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