Divisão dos Mundos
São
muitos mundos misturados.
Só
essa pessoa em especial pode fazer isso, mas ao simplesmente andar passa de uma
década a outra, de uma a outro milênio, num estando com as vestimentas
próprias, falando aquela língua, com todo o conhecimento próprio, e no seguinte
já emergindo com as roupas dali e de quando, com o conhecimento adequado,
falando fluentemente a língua ou dialeto da gente dali. Ainda vê do outro lado da interface os outros com os quais
convivia antes. Conserva as memórias, mas não pode usá-las. Se de um lado era o
oprimido do outro será o opressor tentando justificar-se de suas barbaridades.
Uma hora é o pai que bate, outro o garoto que apanha, o que sente fome e o abastado
que joga comida fora. Muitas variações podem ser feias.
Por
dentro, criticando suas ações, vê-se impotente para mudá-las, porque agora está
encarnado nos interesses próprios. Isso, por um lado, mostrará como às vezes
não conhecemos as razões alheias. Mas, ao voltar ao seu mundo de origem a
pessoa vê como modificar em si seus erros e ajudar os outros a sair dos deles.
O
filme-piloto e a série de TV teriam que montar inúmeros cenários de todos os
tempos e espaços, todas as geo-histórias. Com isso os telespectadores teriam
AULAS INTERIORES das pessoambientes daqueles tempespaços, visitariam o mundo
inteiro, em todas as posições do fazer humano, desde o mais alto, presidente ou
rei, até o de varredor de rua, e em todos e cada um a soma zero seria 50/50,
lado bom e lado ruim zerando-se. A gente toda veria que as vidas trazem
problemas que devem ser solucionados.
Vitória, domingo, 08 de dezembro de 2002.
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