Diagnósticos
de Conjuntos
Eu
seu livro, A Vingança do Terceiro Mundo, Rio de Janeiro, Espaço e Tempo,
1989, Jean-Claude Chesnais diz, p. 292: “Tanto a
medida da dimensão do mercado quanto o diagnóstico das forças e
fraquezas estratégicas das nações devem se apoiar
em observações sólidas, às vezes aproximativas, é evidente, mas rigorosas e tão
próximas da realidade quanto possível”, colorido e itálico meus.
Isso
é motivo para escrevermos.
Deveríamos,
sim, fazer diagnósticos gerais das pessoas (indivíduos, famílias, grupos e
empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo), sabendo de
antemão que não são formestruturas propriamente biológicas/p.2 e sim
psicológicas/p.3. Não deveríamos fazer os diagnósticos biológicos/p.2 senão
como adendo ou adereço dos outros, que são principais, que são fundamentais, os
psicológicos/p.3, os DIAGNÓSTICOS RACIONAIS. Temos nos acostumado a
fazer diagnósticos médicos de indivíduos, por exemplo, quando claramente
deveriam ser diagnósticos psicológicos (diagnósticos psicanalíticos ou
de figuras, diagnósticos psico-sintéticos ou de objetivos, diagnósticos
econômicos ou de produção, diagnósticos sociológicos ou de organização, e
diagnósticos geo-históricos ou de espaçotempo). Em particular diagnósticos
taticoestratégicos nacionais, como quer Chesnais, em especial diagnósticos da
Economia (diagnósticos da agropecuária/extrativismo, diagnósticos das
indústrias, diagnósticos do comércio, diagnósticos dos serviços e diagnósticos
dos bancos) das nações.
Não
temos tais escritórios oferecendo aconselhamento, da parte dos governempresas
ou consultórios esperando-os da parte dos conjuntos todos. Tudo é atrasado
demais, do jeito que está agoraqui. A humanidade é tão boba, para tudo que fez,
que dá até pena. Onde está aquele diagnóstico responsável, que pode tirar um
conjunto da prostração e elevá-lo a novos patamares de projeção? Claro, alguma
coisa se fez, aqui e ali, sob a ótica do amadorismo travestido de
profissionalismo, porém nada nesse nível que estou pedindo, de ver o conjunto
como corpomente psicológico que esteja sofrendo em seus órgãos de atrofias e
desenvolvimentos retardados, sugerindo então tais ou quais providências que
iriam remover os trombos ou impedimentos. Nada assim. Infelizmente,
desgraçadamente.
Vitória,
domingo, 24 de novembro de 2002.
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