sábado, 21 de janeiro de 2017


Democracia Eletrônica

 

                            Por tal nós entenderíamos a chance que já houve na Grécia antiga de perguntar diretamente, agora vertendo para a bidirecionalidade (dois sentidos, na realidade, porque bidirecionais seriam duas direções, necessariamente em ângulo, daí divergentes) da Internet. Aqui há muitas oportunidades de fraude, como as dos chamados “pianistas” do Congresso brasileiro, Câmara dos Deputados, onde uns deputados votavam para os ausentes, com ou sem consentimento, não se sabe. Da bancada do ES houve um caso desses, do deputado federal NB - por mal dos pecados reeleito com a maior votação local, parece.

                            Como saber se uma pessoa não votou “n” vezes, em seu único nome, ou em nome de várias pessoas, através do mesmo computador, ou por meio de vários deles? Seria preciso introduzir uma identificação qualquer, um cartão que consagrasse um só voto e rejeitasse qualquer intromissão. Ou introduzir a checagem através da retina ou das impressões digitais, o que levaria à instalação de aparelhos, que são caros, nem todos podendo ter, obrigando a que os pobres e miseráveis e ricos e médios-altos renitentes se vissem obrigados a ir em seções eleitorais, retornando ao sistema obrigatório agora antigo.   Seria preciso introduzir um cartão inviolável, com as pessoas indo votar em computadores colocados em quiosques eletrônicos. Enfim, a DE não é fácil, não é um avanço fácil, exceto onde houver avanços bastante agudos do Conhecimento. A soma é zero, 50/50, de modo que o positivo trará o negativo. Contudo, vale bem a pena desenvolver isso, para voltarmos a saber quais são mesmo as vontades das pessoas, sem ser através de representatividade que faz um só deputado estadual votar por 100 mil capixabas.

                            Como colocar as vontades em escaninhos? Que programáquina faria isso, para evitarmos a meia dúzia de perguntas que alguma cabeça esperta proporia representar todas as nossas vontades? São é exatamente simples, certo? Mas acho que vale a pena colocar um grupo governempresarial trabalhando a fundo a questão, pelos avanços que obteríamos em termos de vermos expressadas as vontades de todas as pessoas.

                            Vitória, quarta-feira, 08 de janeiro de 2003.

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