Competição Total
Conforme
já disse, a vida é solução de problemas. O conjunto que parar de solucionar
problemas morrerá. É assim para pessoas (indivíduos, famílias, grupos,
empresas) e para ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo).
As
maiores cidades são as que resolveram os maiores problemas, ou estão prestes a
resolvê-los, pela pressão dos que exigem soluções, digamos os moradores de
favelas. Se as grandes cidades se recusarem a resolver os problemas de seus
cidadãos elas começarão a morrer, como qualquer organismo. Irão esvaziando até
mais nada restar, até virarem cidades fantasmas, das quais sobram só os
esqueletos. Depõe contra os moradores e os governantes dali que a cidade tenha
esvaziado até restar somente seu esqueleto acusador ao sol.
Conjuntos
que crescem são conjuntos que aceitam os desafios da realidade e propõe-se
encontrar as soluções compatíveis. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, as
maiores do Brasil, não ficaram com seus tamanhos atuais à custa de nada;
tornaram-se assim tão imensas porque sua gente é operosa, batalhadora, e seus
líderes proporcionaram, até agoraqui pelo menos, as melhores soluções. Cidades
como Linhares/ES não são pequenas apenas porque começaram mais tarde e sim
porque sua gente não trabalha tanto e seus governantes não a abrem tanto ao
futuro. Cidades muito mais jovens tornaram-se muito maiores exatamente porque
tanto as pessoas quanto os ambientes foram atraídos pela quantidade e pela
qualidade de suas soluções.
Então,
o melhor que podemos fazer visando o crescimento é abrir-nos TOTALMENTE à
competição à esquerda, à direita, para frente e para trás, para cima e para
baixo. No caso, o Brasil não pode se furtar nem ao Mercosul, nem à ALCA, nem à
Europa, nem a nenhuma competição internacional. Pelo contrário, quanto mais se
abrir à competição e à competitividade mais se alteará, atingindo uma classe
nova e mais alta de problemas e de soluções, no centro mesmo deste mundo.
Vitória,
quarta-feira, 27 de novembro de 2002.
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