Círculo de Tolkien
Não sabemos se
conseguiremos reunir dinheiro para filmar 700 episódios, cada um a um milhão de
dólares (ou mais) em modelação ou computação gráfica. Na realidade deveríamos
três dois ou três bilhões, para sermos coerentes até os detalhes. Só o Silmarilion,
que é guerra de gente grande, necessita de contínuo trabalho de percepção.
Tolkien foi o
primeiro autor a dar tal nível de detalhes a sua obra, ou seja, o que mais
respeito seus leitores, junto (mas em ponto menor) com Frank Herbert, de Duna, e Isaac Asimov, de Fundação. As sagas construídas por
Tolkien são simplesmente espantosas no sentido mais elevado possível. Ele se
esmerou e fez uma coisa que perdurará mesmo, mais e mais venerada quanto mais
passe o tempo.
Por esse motivo, sendo
junto com meus filhos profundo admirador desse conjunto de livros (O Hobbit, Silmarilion, O Senhor dos Anéis,
Tom Bombadil, Contos Inacabados I e, dizem, II), espero mesmo que se juntem
pessoas de todas as partes, através da Internet, de cartas, da restante mídia
(TV, Rádio, Revista, Jornal e Livro) para estudar e valorizar esse dedicado
autor em círculos de debates. Não é preciso, é até ridículo, elevarem-no a um
pedestal. A dialética diz que pedestais sempre caem, com efeitos desastrosos,
como aconteceu com todas as estátuas do culta à personalidade de Lênin, depois
do fim da URSS. Uma coisa mais simplesinha, mas que atravesse as gerações,
cheias de grata surpresa por tão elevada consciência e sentimento.
De crianças a
adultos muito velhos, creio, as gerações se encherão sucessivamente de pasmo
perante a vastidão do modelo de mundo que Tolkien criou. Palmas para ele, que
leio enlevado desde 1975.
Vitória,
quinta-feira, 09 de janeiro de 2003.
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