segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Círculo de Tolkien

 

                            Não sabemos se conseguiremos reunir dinheiro para filmar 700 episódios, cada um a um milhão de dólares (ou mais) em modelação ou computação gráfica. Na realidade deveríamos três dois ou três bilhões, para sermos coerentes até os detalhes. Só o Silmarilion, que é guerra de gente grande, necessita de contínuo trabalho de percepção.

                            Tolkien foi o primeiro autor a dar tal nível de detalhes a sua obra, ou seja, o que mais respeito seus leitores, junto (mas em ponto menor) com Frank Herbert, de Duna, e Isaac Asimov, de Fundação. As sagas construídas por Tolkien são simplesmente espantosas no sentido mais elevado possível. Ele se esmerou e fez uma coisa que perdurará mesmo, mais e mais venerada quanto mais passe o tempo.

                            Por esse motivo, sendo junto com meus filhos profundo admirador desse conjunto de livros (O Hobbit, Silmarilion, O Senhor dos Anéis, Tom Bombadil, Contos Inacabados I e, dizem, II), espero mesmo que se juntem pessoas de todas as partes, através da Internet, de cartas, da restante mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal e Livro) para estudar e valorizar esse dedicado autor em círculos de debates. Não é preciso, é até ridículo, elevarem-no a um pedestal. A dialética diz que pedestais sempre caem, com efeitos desastrosos, como aconteceu com todas as estátuas do culta à personalidade de Lênin, depois do fim da URSS. Uma coisa mais simplesinha, mas que atravesse as gerações, cheias de grata surpresa por tão elevada consciência e sentimento.

                            De crianças a adultos muito velhos, creio, as gerações se encherão sucessivamente de pasmo perante a vastidão do modelo de mundo que Tolkien criou. Palmas para ele, que leio enlevado desde 1975.

                            Vitória, quinta-feira, 09 de janeiro de 2003.

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