sexta-feira, 13 de janeiro de 2017


Até Jesus, Aquele Visionário Ingênuo...

 

O título é parte de frase escrita pelo autor, Luiz Felipe Pondé, A Era do Ressentimento (Uma agenda para o contemporâneo), São Paulo, LeYa, 2014, página 24. Pegue no dicionário o significado de VISIONÁRIO, o que têm visões, devaneador, utopista, e INGÊNUO, infantil, tolo, pueril, o que pode ser enganado.

O AUTOR.
O LIVRO.
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Pernambucano, 1959.
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Para escrever certo artigo vasculhei na Internet (seria difícil recuperá-lo agora, você pode rastrear) e somando ao pouco que sabia sequenciei nos séculos quantos foram, presumidamente, por estimativa, seus seguidores. Como você sabe, começou com os 12 apóstolos (incluindo São Paulo, tirando Judas e Matias, eles não foram escolhidos por Cristo-Deus; mas devem contar da lista), as mulheres, os discípulos que eram 70 e mais alguns à volta, não passavam de 300. Com tal início modestíssimo, da morte dele até 300 anos depois tinham subjugado o maior império do mundo.

Chegam hoje a 1,25 bilhão de católicos, mais 0,25 bilhão de ortodoxos e de 0,9 a 1,0 bilhão de protestantes, de modo que vão no total de 2,4 a 2,5 bilhões na atualidade. Seria preciso apurar, vamos dizer que nos 2,0 mil anos tenham sido nas quase 70 gerações de 30 anos 6,0 bilhões. Não devemos dividir pela metade para excluir as crianças porque elas cresceram para além de nada saber no nascimento. Tomemos 10 % desses como sendo a elite da compreensão, 600 milhões, e apenas 1 % de verdadeiros investigadores, isto é, gente que poderia ter se oposto ou efetivamente se opôs e foi vencida: como é que 60 milhões de leitores potencialmente MUITO negativos seriam derrotados? Cada geração passou pela prova da descrença e foi derrotada.

Quando você escreve livro ou tese ou artigo, as pessoas podem contestar, se recusarem a acreditar. Mais frequentemente há uma fase em que certo texto é lido por multidões e depois cai no olvido, no esquecimento: ora, as poucas palavras de Cristo, seus ensinamentos, perduram há dois milênios, 70 gerações! Há gente (como Platão e outros) cujos livros são lidos ainda com proveito, mas eles não arrebataram multidões, nem fizeram que elas morressem por seus ensinamentos. Sem falar que os opositores tentaram por 20 séculos achar falhas!

Pode ser que Jesus fosse utópico: para propor o Reino dos Céus teria mesmo de ser, mas daí a ser ingênuo, vamos lá, tem qualquer coisa de doida na afirmação. Nem utopista é, porque utopismo é doença mental ou superafirmação do utópico, e com aquela extraordinária capacidade mental-emocional de Jesus seria o menos que esperaríamos.

Pondé é judeu, pensa que Jesus era judeu (já provei que não, Deus não pode ser judeu), já parte da desconsideração. Está errado, erradíssimo: por 70 gerações Jesus, com sua bondade e macieza, derrotou bilhões.

Vitória, sexta-feira, 13 de janeiro de 2017.

GAVA.

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