sexta-feira, 11 de agosto de 2017


As Duas Vozes e a Sanidade da Soma

 

                            Sabemos do Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens) que o par homulher (homens caçadores: machos e pseudofêmeas; mulheres coletoras: fêmeas e pseudomachos) é a separação mais recente promovida pela Natureza desde os primórdios para dar SENTIDO DE PROFUNDIDADE ou profundidade de sentidinterpretação aos seres racionais, o que veio sendo aprimorado nos primatas, nos hominídeos e nos sapiens, nestes mais ainda nos neandertais e nos cro-magnons.

                            Com isso e finalmente a Natureza criou DUAS LÍNGUAS, chamadas de LÍNGUA DOS HOMENS e LÍNGUA DAS MULHERES, que são independentes, mas estão misturadas na atualidade, o par nem sabendo da existência das duas e das diferenças entre elas. Homens e mulheres atuais não sabem que há duas línguas. O MODO DE FALAR das mulheres não é igual ao dos homens, nem vice-versa, mas os elementos do par oposto/complementar (que é um só ser racional, como já mostrei) dependem não apenas do corpo do outro como também da mente do outro para complementar-se EM OPOSIÇÃO, quer dizer, sem perder a separação que a Natureza longamente preparou.

                            Cada vez mais venho pensando que a sanidade do par fundamental só pode se dar se um ouvir a língua do outro. Portanto, podem formar-se pares autênticos M-F (macho-fêmea), M-PM, F-PF ou PF-PM (sendo três deles inférteis e não devendo manifestar-se sob os olhos das crianças, como está superafirmado). Os pares FF, MM, PM-PM, PF-PF são impróprios, porque conservam só uma voz, o que levará fatalmente ao desequilíbrio; desde o início as chances de se construírem tais pares impróprios são pequenas, mas no caso de acontecer levará a anomalias psicológicas. Já que há 47,5 % de machos e outro tanto de fêmeas e 2,5 % em cada extremidade, devendo estas se casarem com outro tanto, somando 10 % (restando 45 % de machos e 45 % de fêmeas), as chances de formação MF são de 45/50 = 90 %, para os outros 10 %. As chances dos pares impróprios é MUITO MAIS REMOTA. No caso improvável de se darem duas vozes concorrentes de mesmo teor provocariam antagonismos. Quer dizer, se duas fêmeas viverem (como em república estudantil) juntas, provocarão dissensões (menos que dois machos, porque vivendo dentro da caverna elas desenvolveram mecanismos de reparo das relações estremecidas). Dois machos haverão de se confrontar se viverem muito tempo juntos, porque não há o outro elemento da língua-par para promover os reparos psicológicos.

                            Vitória, domingo, 05 de dezembro de 2004.

Ak, iKLp e a Análise de Balanços

 

                            Veja neste Livro 103 os artigos Índices de Perigo, Aderência das Válvulas K, Ak e a Dissolução de Conjuntos, nessa ordem, para pensar que precisamos urgentemente de algumas providências que nos façam avançar.

                            AVANÇ/ANTES (devem ser estabelecidas antes de podermos                                    avançar)

·       As derivadas segundas que dizem quando há perigo, no conjuntos aqueles iKLp (índices Kaplan/Lewis de perigo);

·       Estabelecer em cada caso quais são as forças adesivas, as forças de coesão que mantém as partes dos conjuntos fortemente aderidas;

·       Quais são as CLASSES DE VENENOS que atacam tal ou qual conjunto (são muitos conjuntos, muitos venenos, porisso muitíssimas condições de dissolução).

Você sabe que quando alguém investiga os balanços obrigatoriamente publicados (das empresas com capital aberto sob a forma de oferta em bolsa de ações) que é isso que se está buscando: há algum indicativo de que a empresa se encontra em perigo? Se você pudesse medir com pequeno esforço material, energético e informativo, seria ótimo. Ora, a nomenclatura que estamos estabelecendo nos diz que bastaria identificar a aderência da empresa e seus índices de perigo. Quer dizer, a empresa tem grande aderência ou força de coesão interna? Há algo ameaçando essas forças? Tais forças podem ser a de união dos operários, as relativas aos fluxos financeiros e várias outras, que os analistas-sintetizadores ainda não investigaram. A flecha que une a produção e o financiamento está sendo atacada? Qual a potência do veneno? Qual o grau de comprometimento? A flecha que une a produção e o estoque está sob ameaça de rompimento? Você sabe, quando essa pergunta foi feita levou às reposições de estoque em tempo real e ao partilhamento do armazenamento com as empresas fornecedoras.

Para analisar os balanços não basta atentar para os números publicados, porque eles podem ser falseados, como se deu nos EUA nos casos recentes cujos buracos Bush tampou. Há falsificação, mas ela não o atrapalhará se você dispuser dos mecanismos indiretos e não falsificáveis (porque estarão sendo alterados sempre) de mensuração dos perigos de rompimento das aderências.
Vitória, terça-feira, 07 de dezembro de 2004.

AK e a Dissolução de Conjuntos

 

                            Vimos neste Livro 103 no artigo anterior Aderência das Válvulas K que existe no interior das Vk uma Ak, uma aderência, uma cola ou cimento que impede a dissolução dos conjuntos.

                            ADERÊNCIAS NA MICROPIRÂMIDE

·       Do campartícula fundamental, das subcampartículas, dos átomos, das moléculas, dos replicadores, das células, dos órgãos, dos corpomentes;

ADERÊNCIAS NA MESOPIRÂMIDE

·       Dos indivíduos, das famílias, dos grupos, das empresas, das cidades/municípios, dos estados, das nações, dos mundos;

ADERÊNCIAS DA MACROPIRÂMIDE

·       Dos planetas, dos sistemas estelares, das constelações, das galáxias, dos aglomerados, dos superaglomerados, dos universos, do pluriverso.

São as forças que sustentam a válvula funcionando.

Vejamos que a empresa é um hólon, tem uma válvula, tem aderência, tem forças que a sustentam funcionando; então, pode ser dissolvida. Sob determinadas condições ela pode ser rebentada (veja que a pergunta é: COMO PODEMOS IMPEDIR A REBENTAÇÃO? Você haverá de entender que se souber administrar venenos também saberá se precaver deles). Sob que condições a empresa seria dissolvida? Talvez a introdução de uma só pessoa incremente de um ∆P (um diferencial delta-P) que acabe por ocasionar uma catástrofe; Renè Thom viu algo parecido a isso na teoria das catástrofes. Há “temperaturas” (vibrações socioeconômicas) e pressões políticadministrativas que podem dissolver uma empresa, como aconteceu com, digamos, a Enron, cujo veneno veio de dentro.

Assim, quais são os venenos para tais ou quais empresas? E em tais ou quais casos, para cada conjunto? Sabemos que cobras injetam venenos em indivíduos, porisso os indivíduos se afastam delas; se você souber quais os venenos para sua empresa característica, a manterá afastada deles. Claro, o mundo é tão atrasado que não há uma lista de venenos em cada caso. Não há um quadro de todos os venenos para cada conjunto existente.

Em resumo: QUAIS SÃO AS CLASSES DE VENENOS? Qual é o balizamento dos conjuntos em todas as instâncias?

Transparece que isso depende da aderência, de quão firme é a constituição do conjunto, de quais forças operam para mantê-lo operando. Você precisa conhecer as FORÇAS DE COESÃO. Digamos, se uma cidade, como o Rio de Janeiro, passar vários séculos sendo privilegiada com superverbas carreadas de toda a nação, ela afrouxa, suas ligações se perdem e sob condições de acentuadas pressões e temperaturas socioeconômicas elevadas, quer dizer, sob condições de mudanças aceleradas ela se desintegrará.

Você quer se perguntar, finalmente, que mecanismo psicológico poderia nas forças armadas substituir os “sargentões”, os sargentos que formam os cadetes sob as condições mais duras. Haveria algum engenho psicológico que poderia dar AINDA MAIS unidade aos times de guerra, a um custo menor, com maior eficiência?

Está vendo a abrangência da pergunta geral?

Vitória, terça-feira, 07 de dezembro de 2004.

Aglutinadores mAk ou Multiplicadores de Ak

 

                            Na sequência dos textos deste Livro 103 sobre aderência, pensemos agora nos mAkψ (multiplicadores de aderência, aglutinadores na psicologia), por exemplo, Churchill, que na Segunda Guerra Mundial levantou o moral dos britânicos com seu “sangue, suor e lágrimas”, a teoria do sacrifício anglo-saxão.

                            AGLUTINANDO AS PESSOAMBIENTES

·       AGLUTINANDO AS PESSOAS: aglutinando os indivíduos, as famílias, os grupos e as empresas;

·       AGLUTINANDO OS AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo.

As pessoas teriam tendência a adotar os sinais positivos, quer dizer, a achar que aglutinadores são apenas os que juntam, não os que des-juntam, separam, porém do outro lado a soma seria positiva. Chamamos um aglutinador positivo COLA, enquanto ao que separa denominamos SOLVENTE. Um agitador político, um “subversivo” é um aglutinador, ou para o espaçotempo alheio ou para o mesmo espaço num tempo adiante. Assim sendo, os políticos são aglutinadores, ou coladores, ou cimentadores – resta saber se prestam serviço ou desserviço. Se você pensar que é serviço parará de analisar, de investigar, e poderá ser surpreendido. Se deixar em suspenso ficará atento. Se achar que é sempre a favor ficará desatento, afrouxará e será pego de surpresa.

AGLUTINANDO A PSICOLOGIA

·       Aglutinando as figuras ou psicanálises;

·       Aglutinando os objetivos ou psico-sínteses;

·       Aglutinando as produções ou economias;

·       Aglutinando as organizações ou sociologias;

·       Aglutinando os espaçotempos ou as geo-histórias.

Pense numa linha: a) você poderá querer torná-la mais rija (mas não necessariamente RÍGIDA, pois ela poderia ficar quebradiça), com o mesmo custo, ou b) adensá-la, o que resultará em custo maior. Coloque como exemplo as relações entre Vitória, Espírito Santo, Brasil e Genebra, Suíça, que são nulas ou perto disso. Se fosse possível constituir um vínculo ou laço entre ambas as cidades, pode ser que houvesse um comércio bilateral frutuoso para ambas, que ambas produzissem mais e iniciassem trocas ou as aumentassem, se já existissem. Para isso seria preciso aumentar ou estabelecer aderência entre elas e multiplicar essa colagem. Não seria ótimo se você tivesse à mão aglutinadores que pudessem criar e ampliar tais vínculos? Por qual razão Vitória e Genebra adeririam uma à outra? Que motivações teriam para tal? Um aglutinador é quem acha motivo para tal. Isso serve para qualquer conjunto da micro, da meso e da macropirâmide. Por exemplo, entre átomos, você pode querer melhores processos de solda de ferro. Não serve só para a psicologia, de jeito algum, deve ser uma teoria geral – daí a intenção aqui de estabelecer uma nomenclatura geral que abra nossas mentes.

Como podemos treinar tais aglutinadores de tal modo que eles possam fazer suas tarefas e fazê-las melhor para as partes, com mínimo custo e máximo rendimento? Seria ótimo ter um guarda de trânsito que fizesse fluir os veículos. Melhor ainda se soubéssemos como aumentar essa eficácia.

Como é que os aglutinadores fazem suas tarefas? E é evidente que existem CLASSES DE AGLUTINADORES, um para cada patamar das pontescadas das pirâmides.

Vitória, quarta-feira, 08 de dezembro de 2004.

Aderência das Válvulas K

 

                            Arthur Koestler inventou o termo hólon (do grego, holo, todo, e on, parte; no modelo TODOPARTE ou PARTODO) para significar, pelo exemplo, a molécula, que é composta de átomos e compõe outras moléculas mais elaboradas denominadas no modelo REPLICADORES.

                            Então, eu disse, deve existir dentro das moléculas um mecanismo que impede que elas dissolvam sua organização; chamei a esse cimento ou cola “válvula”, no sentido de que se abre para um lado, mas não para o inverso, quer dizer, montar moléculas a partir de átomos dá sentido organizativo, mas desmontá-las refaz a desordem anterior, diminui a POTÊNCIA DA ORDEM, subtrai do ARCO ESCATOLÓGICO, que vai da Física no início à sexta ponte, depois da Dialógica.

                            Obviamente a Válvula K tem uma “aderência” interna - na molécula as ligações eletromagnéticas, nos replicadores as várias dobraduras (alfa, beta, gama, delta) - que impede o retorno.

                            A ADERÊNCIA DE CONJUNTOS

·       ADERÊNCIA DE PESSOAS (de indivíduos, de famílias, de grupos e de empresas);

·       ADERÊNCIA DE AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo).

Como é que uma família seria dissolvida? Se a aderência fosse infinita os filhos jamais se separariam da família para constituir outros núcleos; por outro lado, se fosse zero não haveria qualquer família. A aderência tem um VALOR ÚTIL que dá continuidade ao conjunto e permite que vários deles constituam o nível seguinte de estabilidade. Ela tem uma FAIXA DE CONTINUIDADE, uma Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas, onde reina, para aquelas condições, sua UTILIDADE MÉDIA, dentro daquela faixa de segurança. As moléculas não se dissolvem em tais ou quais condições, mas noutras sim, elas se DEGENERAM, como se diz na biologia.

Chamarei a essa “aderência de Válvula K” (koestleriana, em homenagem a Koestler) de Aki (aderência de válvula-K de índice-i), para significar as aderências de todos os conjuntos, tanto os acima mencionados quando os outros formados nas diversas chaves e bandeiras.

Vitória, terça-feira, 07 de dezembro de 2004.

A Subida dos Lobatos

 

                            Lá estavam os Lobatos em formação, mas não raciocinamos mais demoradamente sobre isso.

                            A FORMAÇÃO DOS LOBATOS

·       Movimento de translação: por exemplo, o LAS, Lobato da América do Sul, vinha de nordeste;

·       Movimento de rotação (se havia);

·       Movimento de subida: à medida que andava para a esquerda subia na Placa de Nazca e era elevado;

·       Movimentos das marés com a combinação da Lua e do Sol;

·       Movimentos das ondas;

·       Terremotos de assentamento;

·       Aluviões dos páleo-rios;

·       Os lagos em formação;

·       A vida que se somava (tanto na água quanto em terra, nas bordas de um lado e do outro: tanto do lado do arco de montanhas, os Andes, quanto do cráton, Planalto Brasileiro e Planalto das Guianas, quanto dos fechamentos na Argentina e na Venezuela);

·       Outros.

Era emocionante, embora só em períodos que se contavam em centenas de gerações, pelo menos em dias de mil anos ou de 10 mil anos. Em todo caso, repare só, tratava-se da formação de um continente, de um berço que iria receber a racionalidade posteriormente.

Que exercício formidável de ensinaprendizado para os geólogos, os paleontólogos, os antropólogos e até para os mais recentes, os arqueólogos, já nos mais recentes 15 e 12 mil anos, com a chegada dos asiáticos que viriam a constituir as duas grandes civilizações dos incas no Peru e dos maias/astecas no México. Que eles não estejam (até porque não conhecem a Teoria dos Lobatos) embebidos na tarefa gigantesca de compor os cenários é de espantar! Porque alegria rara como essa não cabe a muitas gerações.

Poder ver em computação gráfica os fundos dos mares subindo para se tornarem as terras aráveis de hoje deve ser qualquer coisa de extasiante.
Vitória, domingo, 05 de dezembro de 2004.

A Primeira Agropecuária e os Animais Selecionados

 

                            Se os homens (machos e pseudofêmeas) estavam caçando e as mulheres (fêmeas e pseudomachos) estavam na caverna coletando e elas inventaram quase tudo que dizia respeito a esta, inclusive a agropecuária inicial, como o fizeram no que tange à escolha dos animais? Como visto, escolheram cachorros de boca pequena, gatos e ratos (pelos motivos apontados neste Livro 103 no artigo Quem Não Tem Cão Caça com Gato). Dentre os animais escolheram os que sustentassem as crianças, aqueles que dessem leite, por exemplo, vacas (com elas vieram os bois), cabras (com elas os cabritos), ovelhas que dão lã (com elas os carneiros) e outros assim, mas todos pequenos, pequeníssimos, nem de longe esses que conhecemos. E devem ser todos originários da Forquilha, em volta do Lago Vitória, onde devem ser procurados os esqueletos dos páleo-animais, aqueles dos quais derivaram os tipos que vemos hoje. Não podiam ser animais assustadiços ou violentos, porque elas estavam sempre grávidas, não teriam absolutamente conseguido; pelo contrário, deviam ser pacatos, sossegados. Nem eram animais de correr, porque estes os homens domesticaram (os homens nunca comunicavam seus conhecimentos às mulheres, nem vice-versa; e deve ter sido proibido para elas montar cavalos até bem tardiamente). Deviam ser bem mansos e ter grande serventia para fornecer alimentos (líquidos e sólidos), pele, ossos para vários propósitos, bexigas, sacolas para levar coisas, chifres para perfurar, coisas úteis no dia a dia da caverna. Enfim, as mulheres foram muito seletivas, como sempre são, e meditaram bastante, demoradamente. Miraram e foram no alvo, pois tinham muitas bocas para sustentar (80 a 90 % da tribo).

                            Dessa escolha que fizeram vieram os animais de apascentamento de até hoje. Portanto, ao fazer aquelas escolhas elas criaram as bases civilizatórias, já que tais animais foram levados a toda parte do mundo e com eles seus ambientes, isto é, as plantas que comiam (gramas e outras), que se espalharam por toda a face da Terra.

                            Vitória, sábado, 04 de dezembro de 2004.