Tudo
Miudinho na Caverna do Vizinho
Como na questão do pasto do vizinho ser
sempre mais verde (indicação de inveja, o lado oposto-complementar do orgulho e
razão de as pessoas construírem-no, quer dizer, fama, poder, riqueza e beleza),
o MCES, Modelo da Caverna para a
Expansão dos Sapiens nos faz pensar, aos homens, que a caverna-casa do
vizinho é livre para andar, sem muitos objetos, mas a realidade é que os 10 a
20 % que saíam para caçar, frente aos 90 ou 80 % que ficavam, tinham liberdade
somente nos grandes espaços da Natureza, ao passo que ao voltar se entocavam
nelas, como quaisquer uns até hojaqui nas ocas, nas casas da classe média, nas
mansões.
As mulheres estocam.
Elas estocam DE TUDO.
De tudo mesmo, tudo que existe no terreirão
de coletável elas pegam e guardam. Antigamente eram coisas brilhantes,
inclusive, visando separa-las da mediocridade e projeta-las ostensivamente
frente aos pretendentes induzidos, o que veio dar nos três mil pares de sapatos
da Imelda Marcos, nos incontáveis vestidos, nos milhares de adereços, nas
tatuagens, nos piercings, nas pinturas, a soma que tentei listar. Isso colocou
universalmente (TODAS as mulheres, dentro da Curva do Sino, fazem isso,
tornou-se genético, acontece no mundo inteiro) a coleta obsessiva.
Em supermercados, em lojas, em feiras, em
viagens, pedindo mudas e receitas às amigas, comprando e comprando, elas
ajuntam sem saber por que e quais são os condicionantes, que vem de muito
longe, de centenas de milhares de anos. Não poderão se livrar disso, é desenho
genético/biológico e cultural/psicológico: É FUNDO CIVILIZATÓRIO (e não apenas
civilizado, é apreciado como cultura e índice de educação), vai tão fundo que
nos EUA administram tanto seus ganhos quanto os dos maridos.
O princípio geral é acumular, como Marisa
Grande Acumuladora, é juntar, seja a que custo for, com motivo e necessidade ou
sem, é atulhar. Comprar para encher o apartamento pequeno, comprar apartamento
grande e atulhar novamente, outro maior – nunca cessa.
Como já disse, o ideal delas seria ter cartão
diamante para comprar infinitamente e nem levar para casa (no entanto, são
possessivas).
Ora, com os homens dá-se o contrário, exceto
que os homens produzem para elas organizarem. Nossa tendência 4/1 a 9/1 é de
desejar espaço não-atulhado. Quando olham inconscientemente (os homens não
identificaram isso ainda), os homens querem casa desimpedida, sem empecilhos,
sem barreiras, sem obstáculos. Daí o título, a esperança de que a casa-caverna
do vizinho não tenha nada estorvando, mesinhas de centro para dar caneladas,
poltronas que impedem o avanço (tudo isso dá conforto, sem dúvida).
As casas dos homens seriam outras, mas elas
nos pegam nos 13 anos de garotinhos, no período inicial de criação.
Vitória, quarta-feira, 18 de outubro de 2017.
GAVA.
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