quarta-feira, 18 de outubro de 2017


Tudo Miudinho na Caverna do Vizinho

 

Como na questão do pasto do vizinho ser sempre mais verde (indicação de inveja, o lado oposto-complementar do orgulho e razão de as pessoas construírem-no, quer dizer, fama, poder, riqueza e beleza), o MCES, Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens nos faz pensar, aos homens, que a caverna-casa do vizinho é livre para andar, sem muitos objetos, mas a realidade é que os 10 a 20 % que saíam para caçar, frente aos 90 ou 80 % que ficavam, tinham liberdade somente nos grandes espaços da Natureza, ao passo que ao voltar se entocavam nelas, como quaisquer uns até hojaqui nas ocas, nas casas da classe média, nas mansões.

As mulheres estocam.

Elas estocam DE TUDO.

De tudo mesmo, tudo que existe no terreirão de coletável elas pegam e guardam. Antigamente eram coisas brilhantes, inclusive, visando separa-las da mediocridade e projeta-las ostensivamente frente aos pretendentes induzidos, o que veio dar nos três mil pares de sapatos da Imelda Marcos, nos incontáveis vestidos, nos milhares de adereços, nas tatuagens, nos piercings, nas pinturas, a soma que tentei listar. Isso colocou universalmente (TODAS as mulheres, dentro da Curva do Sino, fazem isso, tornou-se genético, acontece no mundo inteiro) a coleta obsessiva.

Em supermercados, em lojas, em feiras, em viagens, pedindo mudas e receitas às amigas, comprando e comprando, elas ajuntam sem saber por que e quais são os condicionantes, que vem de muito longe, de centenas de milhares de anos. Não poderão se livrar disso, é desenho genético/biológico e cultural/psicológico: É FUNDO CIVILIZATÓRIO (e não apenas civilizado, é apreciado como cultura e índice de educação), vai tão fundo que nos EUA administram tanto seus ganhos quanto os dos maridos.

O princípio geral é acumular, como Marisa Grande Acumuladora, é juntar, seja a que custo for, com motivo e necessidade ou sem, é atulhar. Comprar para encher o apartamento pequeno, comprar apartamento grande e atulhar novamente, outro maior – nunca cessa.

Como já disse, o ideal delas seria ter cartão diamante para comprar infinitamente e nem levar para casa (no entanto, são possessivas).

Ora, com os homens dá-se o contrário, exceto que os homens produzem para elas organizarem. Nossa tendência 4/1 a 9/1 é de desejar espaço não-atulhado. Quando olham inconscientemente (os homens não identificaram isso ainda), os homens querem casa desimpedida, sem empecilhos, sem barreiras, sem obstáculos. Daí o título, a esperança de que a casa-caverna do vizinho não tenha nada estorvando, mesinhas de centro para dar caneladas, poltronas que impedem o avanço (tudo isso dá conforto, sem dúvida).

As casas dos homens seriam outras, mas elas nos pegam nos 13 anos de garotinhos, no período inicial de criação.

Vitória, quarta-feira, 18 de outubro de 2017.

GAVA.

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