Filosofia do
Invisível
Diz Edgar Morin em
seu livro A Cabeça Bem-Feita
(repensar a reforma, reformar o pensamento), 9ª edição, Rio de Janeiro,
Bertrand Brasil, 2004, p. 43/4: “Mas também o romance e o cinema oferecem-nos o
que é invisível nas ciências humanas; estas ocultam ou dissolvem os caracteres
existenciais, subjetivos, afetivos do ser humano, que vive suas paixões, seus
amores, seus ódios, seus envolvimentos, seus delírios, suas felicidades, suas
infelicidades, com boa e má sorte, enganos, traições, imprevistos, destino,
fatalidade...”.
O CONHECIMENTO DO INVISÍVEL
·
Magia/Arte do invisível: muita, em toda parte (felizmente);
·
Teologia/Religião
do invisível (centrando-se em Deus, nunca na Natureza – portanto, polarizada);
·
Filosofia/Ideologia
do invisível (pouquíssima, só os “grandes temas” são tratados – por acaso as
paixões são temas pequenos?);
·
Ciência/Técnica
do invisível (nenhuma, o invisível é excomungado todo domingo na Missa da
Ciência e da Técnica);
·
Matemática
do invisível (os matemáticos vivem aos pés do Grande Geometrialgebrista e
abominam o invisível).
NADA
DE INVISÍVEL NAS TECNOCIÊNCIAS
(em particular na pontescada científica)
·
Nada
na Física/Química, na Biologia/p.2, na Psicologia/p.3, na Informática/p.4, na
Cosmologia/p.5, na Dialógica/p.6;
·
Na
Psicologia nada na psicanálise, na psico-síntese, na economia (administração,
contabilidade), na sociologia (direito) e na geo-história;
·
Na
economia nada na agropecuária/extrativismo, nas indústrias, no comércio, nos
serviços e nos bancos (fora as maracutaias).
Enfim, se não fosse os magicartistas
estaríamos fritos mesmo.
A
MAGIA/ARTE NOS FALA DO INVISÍVEL
(nas 22 tecnartes, por exemplo)
·
Nas
T/A da visão: na poesia, na prosa, na fotografia, na pintura, no desenho, na
dança, na moda, etc.;
·
Nas
T/A do paladar: nas comidas, nas bebidas, nos temperos, nas pastas, etc.;
·
Nas
T/A da audição: nas músicas, nos discursos, etc.;
·
Nas
T/A do olfato: na perfumaria, etc.;
·
Nas
T/A do tato: no cinema, no teatro, na decoração, na arquiengenharia, no
urbanismo, na tapeçaria, no paisagismo/jardinagem, na esculturação, etc.
Enfim, não fosse a M/A não teríamos
acesso ao invisível.
Está mais do que na hora de se
filosofar sobre isso.
Os filósofos perdem muito tempo.
Vitória, julho de 2005.
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