Dando Mais
Tempo
O Romeu, que agora
trabalha na ARE/Vitória, falou da época que lhe expus a questão da relação
espaço-tempo, quando eu disse que nós vemos realmente o tempo e não o espaço,
como presumem quase todos. Os astrônomos e os cosmólogos sabem perfeitamente
que não vemos o espaço, a Lua que vemos agora estava lá há um segundo no tempo,
a um segundo-luz no espaço. Não vemos a Lua do instante, vemos a
Lua-menos-um-segundo (pois a distância média Terra-Lua é de 385 mil km e a
velocidade da luz no vácuo é de perto de 300 mil km/s).
O QUE VOCÊ ESTÁ VENDO? (Um cone de
essênciexistência mediado pelos sinais das forças: sinais gravinerciais,
elétricos, magnéticos, fracos e fortes)
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Desconfiança quanto à fidedignidade da mensagem
Como as
coisas muito próximas de nós enviam mensagens na base de 300.000.000 delas por
m/s2, pensamos ver o espaço, mas na realidade vemos o tempo. Quanto
mais recuam os metros para longe de nós mais vemos o passado e não o presente.
O presente existe, sim, mas num único ponto, o centro, que é absoluto. O tempo
está no horizonte de simultaneidades (HS), que existe em toda parte (mas só
Deus pode ver tudo ao mesmo tempo, isto é, todo o universo simultaneamente). Em
resumo, nós temos notícias atrasadas do universo; claro que aquelas a um metro
de nós são atualizadas TÃO RÁPIDO que pensamos ver nas notícias que chegam ao
ritmo frenético de 300.000.000 num segundo o espaço mesmo, mas é ESPAÇO
DEFASADO, fora de fase.
O tempo
absoluto (de Newton) é o que há, o agora; o aqui é diminuto, mínimo, aquele
ponto onde cada um está. Nesse sentido faz sentido a dúvida cartesiana, porque
o espaço que nos chega sempre chega defasado, enquanto o tempo não podemos ver.
O modelo
colocou essas coisas esquisitas, por exemplo, que o futuro é do povo e o
passado das elites; que o futuro, espaço, é relativo, einsteiniano, motivo de
diálogo, enquanto o passado e o tempo estão mortos. Não se pode raciocinar
sobre o passado, porque ele está morto e acabado; quando pensamos estar
raciocinando sobre o passado, sobre a história, estamos adequando-a ao
presente, que é a pontinha do futuro que toca a gente.
Coisas
esquisitas assim.
Vitória,
quarta-feira, 20 de julho de 2005.

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