domingo, 15 de outubro de 2017


Dando Mais Tempo


 

                            O Romeu, que agora trabalha na ARE/Vitória, falou da época que lhe expus a questão da relação espaço-tempo, quando eu disse que nós vemos realmente o tempo e não o espaço, como presumem quase todos. Os astrônomos e os cosmólogos sabem perfeitamente que não vemos o espaço, a Lua que vemos agora estava lá há um segundo no tempo, a um segundo-luz no espaço. Não vemos a Lua do instante, vemos a Lua-menos-um-segundo (pois a distância média Terra-Lua é de 385 mil km e a velocidade da luz no vácuo é de perto de 300 mil km/s).

O QUE VOCÊ ESTÁ VENDO? (Um cone de essênciexistência mediado pelos sinais das forças: sinais gravinerciais, elétricos, magnéticos, fracos e fortes)

Elipse: O plano do tempo, presente.                           


Triângulo isósceles: O  cone do espaço
 


Distância até o objeto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Desconfiança quanto à fidedignidade da mensagem

 

Como as coisas muito próximas de nós enviam mensagens na base de 300.000.000 delas por m/s2, pensamos ver o espaço, mas na realidade vemos o tempo. Quanto mais recuam os metros para longe de nós mais vemos o passado e não o presente. O presente existe, sim, mas num único ponto, o centro, que é absoluto. O tempo está no horizonte de simultaneidades (HS), que existe em toda parte (mas só Deus pode ver tudo ao mesmo tempo, isto é, todo o universo simultaneamente). Em resumo, nós temos notícias atrasadas do universo; claro que aquelas a um metro de nós são atualizadas TÃO RÁPIDO que pensamos ver nas notícias que chegam ao ritmo frenético de 300.000.000 num segundo o espaço mesmo, mas é ESPAÇO DEFASADO, fora de fase.

O tempo absoluto (de Newton) é o que há, o agora; o aqui é diminuto, mínimo, aquele ponto onde cada um está. Nesse sentido faz sentido a dúvida cartesiana, porque o espaço que nos chega sempre chega defasado, enquanto o tempo não podemos ver.

O modelo colocou essas coisas esquisitas, por exemplo, que o futuro é do povo e o passado das elites; que o futuro, espaço, é relativo, einsteiniano, motivo de diálogo, enquanto o passado e o tempo estão mortos. Não se pode raciocinar sobre o passado, porque ele está morto e acabado; quando pensamos estar raciocinando sobre o passado, sobre a história, estamos adequando-a ao presente, que é a pontinha do futuro que toca a gente.

Coisas esquisitas assim.

Vitória, quarta-feira, 20 de julho de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário