terça-feira, 17 de outubro de 2017


Coacervados em Terra

 

A notícia é sempre a mesma, querendo dizer que uns copiaram de outros – é cola. Como a gente sempre acompanha os tecnocientistas, acreditei também.

Depois pensei que no mar há muito mais forças em ação (desde aquelas que são reações aos movimentos da Terra – translação, rotação, nutação, precessão dos equinócios – até as externas ao planeta, como energias cósmicas e luz e calor do Sol; passando pelas do interior do planeta e pelas influências gravitacionais combinadas do Sol e da Lua) que em terra.

No mar a tendência seria a dos rompimentos dos conjuntos, das aglomerações nos coacervados. Não, tinha de ser no solo, nalguma poça, em particular em um ou em todos os panelões de que estou falando há bastante tempo e agora mostrando com as facilidades do Google Earth. Poderia ter sido numa poça reservada e tranqüila da qual vazasse para o mar através dos rios, mas só depois de formada num primeiro lugar. Poderiam ser esporos que fossem contaminando, saindo de uma poça num vulcão alimentado de energia ou num lago profundo como os compridinhos da África na Forquilha ou o compridinho da Ásia, o Baikal, ou qualquer lugar ao abrigo dos ventos e das tempestades, um lugar onde não chovesse demasiado, qualquer local plácido onde os raios do Sol alimentando, os raios cósmicos provocando mutações, a radiação interior da Terra ajudando, tudo contribuísse para montar as cadeias moleculares.

O mar é violento, tem muitas ondas, sobe e desce, se movimenta para diante, para baixo e para cima, está sempre sofrendo alterações. Na terra, não, num lugar tranqüilo e sereno, num lugar pacato e a salvo de meteoritos, numa região de muita paz uma poça qualquer pode ter produzido o primeiro aglomerado. O melhor meio de sair seria voando, pequenas formas de vida voadoras que saíssem por aí planando e contaminando a Terra. Nunca no mar, sempre em solo firme. Porque se as cadeias são rompidas a todo instante, como é que cadeias longas irão se formar? São linhas de programação, algumas bem complexas, que devem ficar estáveis por longos períodos.

Pensando bem, o mar é uma negação. Muita água, mas água demais, muito violenta e inquieta. Não, devia ser lugar calmo mesmo, existindo assim por éons, intocável, plácido, quieto.

A minha opinião agora é de que a vida surgiu em terra.

Não pode ter sido de outro jeito.

Vitória, julho de 2005.

 

                        NOTÍCIAS DOS COACERVADOS

Origem da vida na Terra
Até hoje não existe uma resposta científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. A primeira idéia foi a de que a vida teria vindo do espaço, fruto de uma "semente" de outro planeta.
- OS SERES VIVOS -
A origem da vida
O planeta Terra formou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos. Sua aparência inicial era completamente diferente da aparência que tem hoje. Não havia nele qualquer tipo de ser vivo.

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