Cineconforto
Desde quando eu era
criança em Cachoeiro de Itapemirim e minha mãe me levava ao cinema antes mesmo
de saber ler lá por 1959 ou 1960, já subíamos as outras crianças e eu no
encosto das cadeiras para ficarmos mais altas que os cabeções da frente, dada a
leve inclinação dos cinemas. É a eterna busca do conforto.
TODO CONFORTO SERÁ DESEJADO
·
Conforto
visual (veja no Livro 125 o artigo Casulo
de Cinema);
·
Conforto
do paladar;
·
Conforto
auditivo (brandura sonora – o que é bom para uns não é bom para outros, daí a
conveniência de adotar o capacete do artigo De Capacete no Cinema Centrado no Livro 125);
·
Conforto
olfativo (talvez perfumes; ou limpeza, o que já é muito bom);
·
Conforto
tátil (da pele).
CONFORTO
TÁTIL (relativo à
cadeira)
·
A
almofada na qual se senta;
·
Os
braços (os homens não suportam ficar encostando-se em outros; deveria haver um
anteparo em curva que limitasse esses contatos à direita e à esquerda);
·
Talvez
os pés pudessem entrar num buraco debaixo da cadeira da frente, indo até o
limite dela, com certa inclinação; ou colocar-se cada pé e perna num buraco das
laterais esquerda e direita da cadeira da frente);
·
Enfim,
cadeiras como as da primeira classe de avião;
·
Outros
confortos a imaginar.
Não é muito para uma entrada de cinema
que no Espírito Santo custa no máximo 12 reais? Talvez não, dado que as salas
de exibição não passam da ponta do iceberg. E é para proporcionar o prazer
enorme de ver na tela grande, em grande estilo. Só os cinéfilos vão apreciar em
justa medida o esforço feito nesse sentido de proporcionar mais conforto.
Vitória, junho-julho de 2005.
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