Os Chineses,
Separados 56 Mil Vezes dos Outros Povos
AS MURALHAS NA Internet
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Para se
protegerem ou separarem, os homens constroem muros desde a Antigüidade. O
exemplo mais ancestral é o da Grande Muralha da China, com seus 3.460
quilômetros de extensão, mais outros 2.860 quilômetros de ramificações.
Formidável obra de defesa militar, em alguns pontos com 16,5 metros de altura
(o que equivale aproximadamente a um prédio de seis andares) e torres
invariavelmente erguidas a cada 60 metros, ela serviu de fronteira durante
mil anos. Seus primeiros sinais remontam ao século VII antes de nossa
era.
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Deu no canal pago
que as Grandes Muralhas não são as únicas da China (deveríamos pensar nisso:
elas são AS GRANDES, as mais notáveis, devendo existir muitas outras), pelo
contrário, tem somente 3,5 em 56 mil km, quer dizer, 6,3 % do total. Ora, isso
é ter muito medo dos outros, não é? Como os americanos do Velho Oeste (Far
West, o Oeste Distante, traduzido entre nós como Oeste Velho, quando era mais
novo que o leste, pelo menos para os Pioneiros americanos; embora do ponto de
vista dos espanhóis fosse mais velho, porque entraram nos atuais EUA pelo México,
quer dizer, eles subiram antes por lá), que contratavam pistoleiros para os
defender. E no século passado, o XX, construíram milhares de ogivas para bombas
nucleares. São os dois povos mais medrosos do mundo, o americano e o russo. Os
chineses, como vimos, também não ficavam atrás, a ponto de construírem mais
muralhas que o comprimento do círculo máximo da Terra, que é de pouco mais de
40 mil quilômetros. Poderiam tais muralhas ter dado uma volta inteira no
planeta e ainda quase metade de outra (16 em 20).
Claro que os
chineses são tidos como grande estrategistas, bons guerreiros e melhores
diplomatas ainda, mas na realidade eles se esconderam atrás das muralhas. Com
todo apreço que tenho por eles não posso deixar de notar que é assim. Quem é o
mais corajoso, quem carrega três armas ou quem passeia livremente sem nenhuma?
Bem viram os
chineses que os americanos eram tigres de papel: rugiam, rugiam, mas não
agrediam ninguém, como cachorro que late e não morde (exceto, é claro, povos
mais fracos). Pois os chineses também são e têm esse pavor inacreditável, a
ponto de construírem 56 mil km de fortificações. É preciso vencer esse medo e
participar mais. Embora, é claro, os povos lhes pareçam selvagens e ameaçadores
e tantas vezes tenham sido mesmo. Ainda assim, é preciso abrir as portas,
porque a China tem muito a dar e receber.
É preciso olhar a
China (geo-historicamente) de fora, como vista pelos outros povos, colocados
detrás das muralhas, com todas aquelas proteções interpostas.
UM DESENHO CHINÊS
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Vitória,
quarta-feira, 01 de dezembro de 2004.

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