Homens Não Carregam
Bolsas Grandes
Na padaria onde
parei para tomar café um sujeito chegou carregando uma bolsa grande, o que me
deixou espantado; colocou na cadeira, a moça que o estava acompanhando se
preocupou em ajeitá-la e só então entendi que era dela.
No Modelo da Caverna
os homens (machos e pseudofêmeas) são caçadores que carregam bornais,
bolsas-úteis muito pequenas só com o essencial, o estritamente necessário, em
geral instrumentos de caça e pesca ou qualquer coisa utilitária. As mulheres (fêmeas
e pseudomachos) é que levam esses bornais-inúteis, as imensas bolsas de
coletoras. É a lógica. Carregar bolsa grande é a oportunidade de enchê-la, o
que significaria na caça levar 50 kg por 600 km. Os homens levavam o mínimo dos
mínimos, só o que não pudesse ser largado para trás; superenxutos na caminhada.
As mulheres, que andavam apenas um ou dois quilômetros para colher é que tinham
de trazer em grandes cestos ou gigantescas bolsas.
Viu qualquer
camarada com bolsa grande pode saber que é pseudomacho ou o agora chamado
“metrossexual”, um homossexual disfarçado.
Assim como homens
não se penteiam demoradamente, não passam base (porque não faz sentido na caça),
não vão ao coifeur ou cabeleireiro, não ficam muito tempo diante do espelho se
arrumando e assim por diante. Não é lógico. Alguns vão fingir, claro, para
pegar a “perseguida”, o objeto de desejo de todo homem, o sinal do útero e da
posteridade. Alguns vão mimetizar, vão camuflar, vão se travestir para chegar
até lá, mas uma vez conseguido tudo isso é abandonado. Os metrossexuais só
fazem sentido numa sociedade sexualmente enfraquecida, feminilizada; como tudo
é ciclo, tudo isso desaparecerá com o tempo. Está fadado ao desaparecimento,
não durará nunca muito tempo, e mesmo assim só nas coletividades afeminadas ou
efeminadas, enfraquecidas pelo excesso do feminino, com homens excessivamente
moles, voluptuosos.
Vitória, domingo, 24
de outubro de 2004.
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