Centro de Convivência
e Nacionalidade
Os estrangeiros
dizem “fiabilidade”, qualidade do que é fiável (no Houaiss digital: adjetivo de
dois gêneros. Que ou em que se pode 1fiar). Fiabilidade não existe no HD, mas
confiabilidade sim (substantivo feminino. 1 qualidade do que é
confiável; fiabilidade. 2, Rubrica: eletrônica. Grau de
fidelidade de uma informação em relação ao original (p.ex., na gravação de
fitas ou discos magnéticos) 3, Rubrica:
informática, telecomunicações. Capacidade de uma unidade funcional desempenhar,
sem falhas ou avarias, dada tarefa sob certas condições e dentro de um período
determinado. 3.1, parâmetro com que se mede essa probabilidade) e na definição dessa palavra é usada
FIABILIDADE. Nós brasileiros usamos confiabilidade, que é relativa ao coletivo:
o que se pede é concernente ou relacionado ao conjunto e não à partícula, quer
dizer, perguntamos se é con-fiável, fiável junto, podendo ser afiançado por
mais que um. É uma importante distinção. Na UFES – baseada desde 1972 no
conceito EXPORTADO americano de particularização (inclusive com o sistema de
créditos educacionais, que lá funciona porque as bases são outras, mas aqui
não) – criaram um CENTRO DE VIVÊNCIA, mas não de convivência, quer dizer, as
pessoas podem viver no CV/UFES, mas não con-viver (CONVIVER NO HD: Verbo
transitivo indireto e intransitivo. 1 viver em proximidade; ter
convivência. Ex.:<o antropólogo conviveu com várias tribos> <a família
convive num sala-e-quarto> transitivo indireto e intransitivo 2 ter relações cordiais; dar-se bem Ex.:
<no trabalho, convive com todos igualmente> <as duas nações convivem
pacificamente > transitivo indireto 3
adaptar-se, habituar-se a condições extrínsecas (físicas, culturais etc.) Ex.:
<aprendeu a c. com a doença> <é difícil c. com a inflação> transitivo indireto e intransitivo 4 compartilhar
do mesmo espaço; coexistir Ex.: <na estufa, orquídeas raras convivem com
delicadas avencas> <decoração em que o antigo e o moderno convivem em
harmonia>),
estabelecer laços. Ligações são proibidas e suspeitas, por conta daquele
instante de des-confiança que os militares estavam vivendo como doutrina (ou
supressão da racionalidade interna; confiança no pensamento alheio, que
substitui o pensamento do alienado).
Sem convivência e a
confiança ou intimidade que ela estabelece não é possível formar as bases de
BOA NACIONALIDADE: nem boa, nem nacionalidade. Pois este era justamente o
serviço esperado. Assim, não há centros na UFES, círculos-com-convergência,
indicação de ponto onde se dê a combinação dos raios em oposição. Os raios são
estimulados a continuar em oposição Tais centros poderiam fazer nascer
pensamentos comuns contra a opressão interna e externa e isso não era
bem-vindo. Assim, não foram criados CENTROS FEDERAIS, embora os haja nas escolas
particulares (que, afinal de contas, não importam, porque não pregam a
liberdade, pelo contrário).
Vitória,
terça-feira, 14 de dezembro de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário