Velocidade da China
De
passagem li um artigo de Roberto Garcia Simões, o Bubu, n’A Gazeta, de
Vitória/ES, falando de como a China cresceu EM MÉDIA nada menos que 8,7 % de
1980 a 1999, portanto, 20 anos, incluído 1980. Noutro artigo citado em A
Gazeta Mercantil o Orlando Calimam é citado dizendo que o ES cresceu dois
por cento a mais que o Brasil a partir de 1975, creio. A precisão dos números
não é importante aqui, mas se você desejar investigar, faça isso.
Veja,
na fórmula y = xn temos n = 20 e x = 1,087 para a China, y = 5,3,
grosso modo cinco vezes. Para o ES n = 27, x = 1,02, y = 1,7, quase setenta por
cento acima da média brasileira, de 4,4 % ao ano no período, daí tomando lugar aos
demais estados, como venho falando desde 1987. Para o Brasil n = 27, x = 1,044,
y = 3,2. De 1980 a 1999, teríamos para o Brasil n = 1,044, x = 20, y = 2,4. Daí
5,3/2,4 = 2,2, quer dizer, a China ultrapassou o Brasil em todas as medições e
distanciou-se muito, assim como o ES em relação à media nacional.
A
velocidade da China (veja as razões no artigo O Projeto Chinês, Livro 13),
é tremenda, e continuará assim por muito tempo, salvo engano das minhas
projeções, que são extremamente lógicas (mas forças e poderes podem fazer vazar
o projeto deles). Como o crescimento americano é de cerca de 4 %
historicamente, em 20 anos, n = 20, x = 1,04, y = 2,2, razão 5,3/2,2 = 2,1 de
aceleração, sendo o PIB americano atual de US$ 10 trilhões, grosso modo, e o da
China US$ dois trilhões, no mínimo (ninguém sabe, exatamente), 10/2 = 5, que
divididos por 2,1 = 2,4 períodos de 20 anos, menos de 50 anos colocando a China
à frente do mundo. Assim sendo, lá por 2050 estaríamos todos vendo filmes
chineses, comendo com pauzinhos, estudando mandarim, pesquisando a vida de
Buda, Confúcio e Lao Tsé, não fossem outras intervenções.
É
espantoso o que a reunião do Oriente (versão chinesa do socialismo) com o
Ocidente (versão chinesa do capitalismo) no Caminho de Duas Vias pode
fazer em relativamente pouco tempo. E o que viria depois? Dado que os EUA constituem
¼ ou 25 % da renda mundial em mais 50 anos a China teria metade do PIB mundial,
uma tremenda monocultura centrada no Reino do Meio.
Vitória,
sexta-feira, 29 de novembro de 2002.
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