segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Tesouros da Sibéria


 

                            A Federação Russa, parte da CEI, Comunidade dos Estados Independentes, tem uma área de 17.075.400 km2, que é 201 % a do Brasil (8.514.205 km2), com uma população em 2001 de 144,7 milhões de habitantes, 84 % a estimada do Brasil (172,3 milhões) no mesmo ano. Na FR há 0,12 km2 por habitante, enquanto no Brasil (com todo o vazio amazônico e do Pantanal) teríamos 0,05 km2 por indivíduo, como contrário da densidade populacional. Respectivamente esta seria de 8,5 na FR e de 20,2 no Brasil. Enfim, lá há muito mais espaço que aqui, mesmo o Brasil tendo uma das menores densidades do mundo – a da Rússia é ainda menor, mercê da presença das imensas terras desabitadas da Sibéria.

                            Sozinha a área da Sibéria (sem contar o chamado Extremo Oriente russo) seria o triplo da Europa, excluída a Rússia dita européia. Em termos de vida ela está entre a Antártica, completamente desprovida dela, e a Europa. Não é tão cobiçada quanto a Amazônia, porque está longe de ter tantas riquezas biológicas. Entrementes não vem sendo explorada, desde nunca, porque antes esteve sob as glaciações sucessivas e agora é muito fria. Não tenho dados alcançáveis, mas deve ter entre 10 e 12 milhões de quilômetros quadrados, considerado todo o leste russo.

                            É uma reserva extraordinária para o futuro do planeta, se a Rússia permitir. A entrada livre não deve e não será autorizada, mas um consórcio pode ensinar muito ao gênero humano, em termos de cooperação de porte, em termos da grandeza da tecnociência exigida, em termos de logística, em termos de proteção humana, em todos os sentidos. Tal como eu disse para a Amazônia, mas agora mais forte, cada ser humano poderia cooperar com 20 ou 30 dólares, 120 a 180 bilhões por ano, 1,2 a 1,8 trilhão em dez anos, SÓ PARA COMEÇAR, porque, diferentemente da Amazônia, não é caso de eco-proteção apenas, e sim de imediata exploração e construção, enfrentando os frios extremos com a nova T/C que será gerada. Nova Bandeira da Proteção (lares, armazenamentos, segurança, saúde e transportes) para tirar de lá, em nome do mundo (com o devido desenvolvimento da Rússia) tudo que for planetariamente exigido. Assim a Amazônia não precisaria ser tocada, até que tivéssemos lentamente mapeado os genomas todos num Ecomapa Amazônico.

                            Um Consórcio dos Recursos da Sibéria seria constituído pela ONU, com a participação percentual dos países ou grupos, os EUA e a Europa dos 15 garantindo cada um 25 %, e os demais países na mesma proporção, segundo suas capacidades, candidatando-se a representações conforme suas doações. A Rússia se encarregaria da gerência, com a presidência permanente, evidentemente, dizendo onde começar, quando avançar, quando parar, etc. A Rússia garantiria mercado para os minérios, recursos para investimento (que não seriam tirados de áreas prioritárias, como educação e saúde). Haveria pacificação interna, porque ninguém meteria o bedelho, ninguém iria gerenciar internamente, só participaria do Conselho Políticadministrativo da Sibéria como direito a fala, mas não a voto.

                            Vitória, sábado, 04 de janeiro de 2003.

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