Segunda Libertação
Há
uma primeira libertação nacional (ou estadual, ou municipal/urbana), que diz
respeito à expulsão do inimigo externo, quando há uma guerra de libertação
contra as forças alienígenas. Depois, há a luta contra o inimigo interno, contra
os nativos que continuam copiando o estrangeiro porque não acreditam em si
mesmos, pois não conseguem aceitar que seu povo e as elites locais possam ter
autonomia criativa, social, civilizatória, cultural, inventiva, de Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática).
Essa
é a segunda libertação.
É
preciso convencer esses copiadores do modo estrangeiro de ser, por exemplo, do
american way of life, o modo americano de viver, de ser, de estar, de trabalhar,
de amar, de tudo. Fazer ver que eles não são avançados coisa nenhuma, ou não
são o único modo de avançar, e que há tantas alternativas condizentes com a
dignidade nacional.
Essa
segunda libertação tanto pode dar-se de modo violento, como quando há guerra
civil de expulsão dos irredimíveis serviçais internos, ou de modo tranqüilo,
numa transição suave e sem cortes profundos, quando as elites e o povo servil
puderem ser convencidos de que há uma alternativa para saltos autônomos.
Evidentemente, se a segunda não puder ser conseguida por consenso a primeira
será praticada, com todo derramamento de sangue já conhecido sobejamente na
geo-história do mundo Terra.
Eu
prefiro sempre essa alternativa pacífica de transição entre o servilismo
nacional e a verdadeira autonomia psicológica socioeconômica. Prefiro sempre.
Mas, se não houver alternativa, da minha parte eu caminharia para a guerra
civil.
Vitória,
sexta-feira, 01 de novembro de 2002.
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