quarta-feira, 18 de janeiro de 2017


Primeiro Contato Planetário

 

                            É claro que estamos muito longe, ainda, de encontrar um planeta, um mundo onde haja vida e tão desenvolvida a ponto de ter todos os animais superiores, menos o dominante racional que inaugura o nível psicológico/p.3. Mas, que seria emocionante isso seria! Encontrar um mundo novinho, novinho, não pisado pela destrutividade racional, apenas no patamar da destrutividade natural, biológica/p.2.

                            Como seria ver os maiores peixes que um mundo pode proporcionar, as aves em total liberdade, a competição pela sobrevivência sem a intervenção de racionais? Nem sequer uma aldeia psicológica, nem um castelo, nem um grupamento.

                            Não será fácil, porque de todos os sistemas estelares alguns não terão vida; dos que tiverem, muitos estarão nos estágios iniciais; de todos só alguns, muito raros terão ultrapassado o meio da jornada para ter árvores e animais. Alguns serão já ocupados por espécies racionais, devendo ser considerados invioláveis, mesmo se em estágio inicial de civilização. Não por causa de suposta Diretriz Zero de não tocar nem dirigir as culturas nascentes, porém apenas porque é bom respeitar as decisões dos outros, bem como seria curioso ver o desenvolvimento autônomo. Essa curiosidade seria MUITO MAIS aguda que a necessidade de mudar o que quer que fosse.

                            Turismo num MUNDO INTOCADO seria a coisa mais bela da existência de qualquer espécie. Que coisa mais rara! Isso, por si só, pode render um filme piloto e toda uma série sobre novas criaturas, inclusive como um LABORATÓRIO DE EXOBIOLOGIA VIRTUAL, mantido por alguma instituição ou pelos governempresas. Aprendermos a modelar espécies alienígenas, enquanto não podemos fazer os contatos efetivos, isso seria deveras interessante.

                            Vitória, domingo, 22 de dezembro de 2002.

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