Plateia
No
filme Rua Paraíso, que assisti aos
pedaços num dos canais Telecine, o personagem Azad, autor teatral, fala de
estrear uma peça tendo Deus como platéia. Usando a Rede Cognata traduzi platéia
como PIRÂMIDE. Não pode ser uma com o vértice para cima porque as pessoas não
conseguiriam todas ver a encenação, de modo que deve ser com o vértice para
baixo.
Se for
escavada no chão os degraus constituirão a pirâmide. Como vértice teríamos o
último patamar e este seria um plano destacado do resto acima, pelas laterais
embaixo entrando os atores e as atrizes desde os camarins e áreas de
preparação. Imagine uma pirâmide pelo lado de dentro, emborcada, as pessoas
sentando nos degraus reversos. As luzes dos holofotes estariam presas no
penúltimo degrau.
Os
atores não se apresentariam para uma “boca de cena”, um plano ideal, e sim para
o espaço acima, sendo vistos como criaturas o seriam por deuses situados acima.
Talvez seja possível à frente de cada espectador haver um TV que mostre todas
os lados da peça. E também microfones como headfones. As cadeiras mais caras
seriam as dos degraus mais baixos e próximos do palco (=PLATÉIA) espacial,
quase cara-a-cara.
Sujeita
a adição de engenhos, eis uma modificação que pode ter enorme significado para
a renovação teatral.
Vitória,
quarta-feira, 25 de dezembro de 2002.
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