P&B e Colorido
Um
homem (ou mulher) e uma mulher (ou homem), façam sorteio para ver quem encarna
o quê.
Um
vive numa esfera colorida a que falta o P&B (será difícil imaginar, mas com
o auxílio dos pesquisadores é possível o exercício) e o outro numa esfera a que
faltam as cores. Quando olha para fora da esfera o P&B só vê preto e
branco, como se o mundo inteiro fosse assim, o que os espectadores poderão
perceber nitidamente, porque por computação gráfica as cores serão retiradas
somente de dentro da esfera, restando P&B-colorido fora. Por outro lado, na
outra versão tudo é colorido, sem as sombras, sem preto nem branco, só cores
muito intensas – do mesmo modo somente dentro da esfera.
Os
dois vivem separados, sem um saber da outra, nem a outra do um. Às vezes quase
se tocam, mas passam ao largo. Então há, em algum momento, o processo de
aproximação, com as negações esperadas, cada um achando que o modo do outro é
errado, sem saber que ambos estão certos e ambos estão errados, como dizem o
TAO (oriental), a dialética (grega) e o modelo. Finalmente começam a pensar que
é assim mesmo e aceitam perder sua ignorância anterior para completar o
universo.
É
evidente que se trata do processo de aproximação dos pares polares de
opostos/complementares, a fusão das chamadas “duas culturas”, até que a muito
custo ela e ele se apaixonam arrebatadoramente, etc., e têm filhos completos,
com todas as cores e P&B.
Vitória,
sábado, 14 de dezembro de 2002.
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