sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


O ADRN de Frankenstein


 

                            O romance de Mary Shelley (inglesa, 1797 a 1851, 54 anos entre datas), Frankenstein, data de 1818 e tem como subtítulo Prometeu Moderno. Brinco dizendo que é Frank/EINSTEIN, sendo Einstein considerado o maior dos cientistas contemporâneos. Freqüentemente refilmam e a estória é muito conhecida. Um cientista do século XIX toma partes mortas de corpos, reúne-as e com um raio como fulcro energético o ressuscita. Além da aparência monstruosa ele se torna mal quando, sendo-lhe dada uma noiva, como Eva bizarra, esta morre, tornando-o furioso com a solidão.

                            A questão posta é que uma Ciência incompleta, sem equilíbrio sentimental e amoroso, que não têm visão de tudo, pode produzir um mundo monstruoso. Mais que isso, começa a despontar que o ADRN de uma monstruosidade geraria monstruosa prole em evolução, por vezes mais competente, hábil e selecionável que nós. O modelo diz que pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) frankensteinanos começariam a surgir e prosperar, com culturas/civilizações/sociedades F, com as 6,5 mil profissões F, com a Bandeira F de Proteção (lares F, armazenamentos F, seguranças F, saúdes F e transportes F). Em resumo, haveria uma propagação infindável dos vetores F.

                            E o F não vai sempre feio daquele jeito. Pode ser belo e nada compassivo, sendo monstruosidade psicológica com belo corpo e rosto físico.

                            A pergunta de Mary Shelley não foi respondida, nem de longe, está cada vez mais atual, sem falar que a profundidade dela, de uma Ciência corrupta em seus propósitos, tirana em suas vontades, covarde em seus ocultamentos, está mais atual que tudo. E hoje mesmo foi anunciado o nascimento não de um bebê de proveta, como há 25 anos atrás, mas de verdadeiro clone, uma menina. Valha-nos Deus!

                            Vitória, sexta-feira, 27 de dezembro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário