Medicina
de Cura
É
claro que a Medicina visa curar, primordialmente, e não matar, seria um
contra-senso, embora o modelo diga que 50 %, menos um infinitésimo, trabalham,
mesmo sem sentir ou saber, para tal. Agora, da gaussiana (Curva de Gauss) do
modelo podemos afirmar que 2,5 % dos médicos sejam extremamente dedicados.
Podemos fazer uma estimativa a partir do ES, em que devem se formar uns 100
médicos por ano na UFES e na EMESCAN. Como o ES é 1/40 do Brasil e este é 1/40
do mundo, podemos multiplicar 100 por 1.600 e ter 160 mil formados por ano,
digamos 20 vezes isso na ativa, três milhões (faça uma avaliação do número
correto) em todo o mundo, significando que nada menos que 75 mil podem ser
atraídos para o programa, que a ONU deveria patrocinar.
Aqui
teríamos um super-hospital REFERÊNCIA MUNDIAL com filiais em todos os países,
ou por grupos, pelo menos nas capitais (pois, em torno dos 2,5 %, frações podem
ser, decrescentemente, motivadas), de modo que as pessoas saibam que, em casos
desenganados ou mais graves, que os demais médicos e médicas não possam tratar,
ir para lá significaria a cura, menos um percentual de fracassos, com os
profissionais e suas enfermeiras e enfermeiros amorosamente em volta dos
(im)pacientes, atenção redobrada pelo amor e identificação com o sofrimento
alheio. Verdadeiros santos e santas da profissão, como limite de atendimento
humano (inclusive, pense só, você que é político e teria tendência a obstar,
que eles podem salvá-lo também).
Se
imaginarmos 75 profissionais por hospital, podem ser colocados mil em todo o
mundo, com efeitos multiplicadores enquanto uma PEDAGOGIA DE CURA TOTAL na
Medicina mundial. Contaminação amorosa, diríamos assim, elevando sobremaneira o
nível do atendimento geral. E os profissionais, eles mesmos, se sentiriam
gratificados de poderem atender fora do circuito comercial, sentindo-se
emocionalmente envolvidos, sem chacota alheia ou pressão familiar por riqueza,
com uma justificativa SOCIAL para o trabalho de voluntariado, remunerado ou
não.
Vitória,
quinta-feira, 05 de dezembro de 2002.
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