quinta-feira, 12 de janeiro de 2017


Medicina de Cura

 

                            É claro que a Medicina visa curar, primordialmente, e não matar, seria um contra-senso, embora o modelo diga que 50 %, menos um infinitésimo, trabalham, mesmo sem sentir ou saber, para tal. Agora, da gaussiana (Curva de Gauss) do modelo podemos afirmar que 2,5 % dos médicos sejam extremamente dedicados. Podemos fazer uma estimativa a partir do ES, em que devem se formar uns 100 médicos por ano na UFES e na EMESCAN. Como o ES é 1/40 do Brasil e este é 1/40 do mundo, podemos multiplicar 100 por 1.600 e ter 160 mil formados por ano, digamos 20 vezes isso na ativa, três milhões (faça uma avaliação do número correto) em todo o mundo, significando que nada menos que 75 mil podem ser atraídos para o programa, que a ONU deveria patrocinar.

                            Aqui teríamos um super-hospital REFERÊNCIA MUNDIAL com filiais em todos os países, ou por grupos, pelo menos nas capitais (pois, em torno dos 2,5 %, frações podem ser, decrescentemente, motivadas), de modo que as pessoas saibam que, em casos desenganados ou mais graves, que os demais médicos e médicas não possam tratar, ir para lá significaria a cura, menos um percentual de fracassos, com os profissionais e suas enfermeiras e enfermeiros amorosamente em volta dos (im)pacientes, atenção redobrada pelo amor e identificação com o sofrimento alheio. Verdadeiros santos e santas da profissão, como limite de atendimento humano (inclusive, pense só, você que é político e teria tendência a obstar, que eles podem salvá-lo também).

                            Se imaginarmos 75 profissionais por hospital, podem ser colocados mil em todo o mundo, com efeitos multiplicadores enquanto uma PEDAGOGIA DE CURA TOTAL na Medicina mundial. Contaminação amorosa, diríamos assim, elevando sobremaneira o nível do atendimento geral. E os profissionais, eles mesmos, se sentiriam gratificados de poderem atender fora do circuito comercial, sentindo-se emocionalmente envolvidos, sem chacota alheia ou pressão familiar por riqueza, com uma justificativa SOCIAL para o trabalho de voluntariado, remunerado ou não.

                            Vitória, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002.

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