Intervenção Branca
Por conta das
dificuldades socioeconômicas inventadas pelos ex-governantes Vítor Buaiz
(1994/1998) e José Ignácio Ferreira (1998/2002), com tremendos endividamentos e
mesmo assim déficits grandes, o novo governador Paulo Hartung Gomes viu-se
obrigado a ir a Brasília pedir ao novo presidente Luís Inácio Lula da Silva 1,2
bilhão de reais, dos quais 300 milhões a título emergencial.
Lula o remeteu ao
novo ministro da Fazenda, Palocci, ouvindo a promessa espontânea de PHG de que
colocaria o estado totalmente atrelado à Federação ou União, como esta está
diante do FMI, Fundo Monetário Internacional, conduzido na verdade pelos EUA.
Assim, os EUA dirigem o FMI, que governa o Brasil (tanto assim que Lula foi a
Washington pedir permissão, antes de indicar o nome do novo presidente do Banco
Central – brasileiro, não americano), que mandará no ES. Não é uma intervenção
abertamente decretada, com a repulsa que traria, mas uma intervenção branca
consentida e até pedida pelo novo governador.
O ES perde prestígio
e nós sabemos que prestígio é difícil de conseguir de volta. Além disso,
abre-se um precedente de redução da autoridade estadual, que já não é lá
grandes coisas nessa federação imperial que é o Brasil. Outros estados serão
pressionados, pois de 27 (contando o Distrito Federal, Brasília) 24 estão com
problemas. Trata-se da velha seleção na luta pela sobrevivência do mais apto –
os estados progressivamente rendem-se à União, esta ao governo mundial e assim
sucessivamente, com resultado difícil de avaliar. O que resultará de bom nisso
tudo para o pequenino estado do Espírito Santo?
Vitória, domingo, 12
de janeiro de 2003.
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