Imortal = Anjo
Naquele
filme sobre o McLeod, ou como chame, que se passa nas highlands (terras altas)
inglesas, escocesas ou irlandesas, sei lá - depois passou a série de TV, bem
mais triste que os filmes -, Highlander (montanhês, diz o Michaelis
eletrônico), O Guerreiro Imortal, com Christophe Lambert, e que teve
três seqüências, o quarto filme sendo particularmente deplorável, o herói se
torna imortal lá por 1250 e está vivo ainda no ano 2000.
Acontece
que pela Rede Cognata imortal = ANJO = SANTO = AMIDA = ÍNDIO = ANTIGO, etc., de
modo que quando dizemos “os antigos” queremos dizer “os anjos” que habitaram
entre nós, segundo as lendas, na aurora dos tempos, na Idade de Ouro (tal como
o sugere O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, q.v). I-mortal, o que
não morre, o que vive ou parece viver para sempre, talvez milhares de anos,
como diz Tolkien dos elfos da Terra Média.
A
Rede Cognata diz que eles existem mesmo.
Bom,
se existem, onde estão? Não conheço, nem sei de ninguém que conheça um imortal
enquanto tal, que se apresente como. Se existem ficam “na moita”, como diz o
povo. Sendo a soma zero, o ciclo não poupa ninguém, há altos e baixos,
tristezas e alegrias, altas montanhas e profundas fossas marinhas, de modo que
ser imortal é apenas viver indefinidamente uma série de problemas e soluções,
conflitos e contentamentos. Imortais vivem sem alimentação? Se não, certamente
devem conseguir todo dia o pão nosso com o suor do próprio rosto. Mas, vivendo
eternamente (ou pelo menos por tão largo tempo), certamente dá para acumular
muito conhecimento e muita riqueza, de modo que se for mais que literatura
seria tremenda oportunidade de filmagem séria de desenhos psicológicos (figura,
objetivos, produção, organização, espaçotempo ou geo-história), muito mais larga,
alta, profunda que qualquer coisa feita até agoraqui, à base da brincadeira e
da galhofa.
Vitória,
segunda-feira, 28 de outubro de 2002.
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