Hospital
Cultural
Em
países como o Brasil não faz muito sentido, porque somos todos brasileiros em
língua, crenças e feitio, mas em lugares como os EUA, com os mexicanos (que
eles chamam depreciativamente “chicanos”), porto-riquenhos, latinos, negros (afro-americanos),
índios e os povos identificados como judeu-americanos e todas as demais
partições, faz todo sentido, assim como na Europa dos 15, onde temos 15 nações
que irão ser parte de um superestado unificado, uma federação futura, colocar Hospital Mexicano, Hospital com
motivação latino-americana, cada um com decoração própria não-anglo-saxã.
E
do mesmo modo em outros países em que haja separação nacional ou etnias que não
se reconhecem centrais, não-participantes ou não-comungantes dos valores dominantes.
Os
tecnartistas, em especial os arquiengenheiros devem se adaptar a consultas às
culturas nacionais ou dos povelites por suas motivações endógenas, divergentes
das dominantes. Isso não é apenas uma mera questão de distante respeito, o que
também é bom e valorizado em toda parte, é também condição de saúde se sentir
culturalmente em casa. Não se sentir no estrangeiro já será o primeiro passo
para a cura.
Claro
que os dominantes vão achar “brega”, “jacu”, caduco, arcaico, atrasado – não
tem importância. Simplicidade sem afetação pode ser elegante em qualquer língua
e em qualquer plano dos quatro mundos. Nem uns nem outros devem se sentir
vexados.
Vitória,
segunda-feira, 13 de janeiro de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário