Hospitais e Psicologia
Espanto-me
muitíssimo que ninguém tenha visto e mais ainda que eu só o tenha feito ontem,
porque eu nem possuo a desculpa de não ter o modelo. Desde quando relativamente
remotamente vi no modelo que todos os seres que tenham corpomente, desde as
amebas e as cianoalgas, são indivíduos plenamente psicológicos, deveria ter
visto isso. Esta é como que uma definição MAIS LARGA de alma.
Na
mesopirâmide as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) em seus
ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo), as pessoambientes nos
dizem de uma definição MAIS ESTRITA de racionalidade. Por oposição ao mundo
psicológico mais vasto, deveríamos falar de uma RACIONALIDADE DE MONTAGEM, quer
dizer, capaz de começar a automontagem rumo a macropirâmide (planeta,
sistema estelar, constelação, galáxia, aglomerado, superaglomerado, universo e
pluriverso). Neste sentido seriam racionais, psicológicos, com alma apenas os
seres humanos, ao passo que animais, plantas e fungos voltariam à irracionalidade.
Bom,
NESTE SENTIDO, seria preciso procurar a Psicologia (figuras ou psicanálises,
objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou
sociologias, geo-histórias ou espaçotempos; respectivamente: Quem? Por quê? Com
quê? Como? E quandonde?) de quem está sendo atendido. Quem é a pessoa? De onde
ela vem? Por quê vem buscando atendimento ou consulta? Têm acompanhantes? Qual
é a sua história?
Evidentemente
não existe um questionário padrão, nem muito menos específico para estas e outras
questões. Não há gente treinada (“psicólogos descalços”, diriam os
chineses, práticos de psicologia com um mínimo de treinamento padrão) para
atendimento brando, mole, macio à clientela. O ser humano é atendido de forma
dura, grosseira, rústica, áspera, violenta até, pois os hospitais vêem-se
tratando dos corpos, não das mentes. Não há psicólogos agregados a hospitais,
de serviço dia-e-noite.
E,
todavia, podemos ver claramente que o corpo é um acessório, um suplemento, um
acidente, um anexo, um detalhe diante do principal, do fundamental mesmo que é
a mente. Obviamente os atendentes, por serem humanos, têm algum gênero de
psicologia residual, não-treinada, que lhes serve de amparo, mas isso é pouco,
quase nada. Evidentemente, também, o Hospital geral (enfermarias,
prontos-socorros, etc.) devem ser remodelados e re-adequados. Com toda urgência imaginável.
Vitória, quinta-feira, 28 de novembro de
2002.
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