terça-feira, 10 de janeiro de 2017


Hospitais e Psicologia

 

                            Espanto-me muitíssimo que ninguém tenha visto e mais ainda que eu só o tenha feito ontem, porque eu nem possuo a desculpa de não ter o modelo. Desde quando relativamente remotamente vi no modelo que todos os seres que tenham corpomente, desde as amebas e as cianoalgas, são indivíduos plenamente psicológicos, deveria ter visto isso. Esta é como que uma definição MAIS LARGA de alma.

                            Na mesopirâmide as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) em seus ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo), as pessoambientes nos dizem de uma definição MAIS ESTRITA de racionalidade. Por oposição ao mundo psicológico mais vasto, deveríamos falar de uma RACIONALIDADE DE MONTAGEM, quer dizer, capaz de começar a automontagem rumo a macropirâmide (planeta, sistema estelar, constelação, galáxia, aglomerado, superaglomerado, universo e pluriverso). Neste sentido seriam racionais, psicológicos, com alma apenas os seres humanos, ao passo que animais, plantas e fungos voltariam à irracionalidade.

                            Bom, NESTE SENTIDO, seria preciso procurar a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, geo-histórias ou espaçotempos; respectivamente: Quem? Por quê? Com quê? Como? E quandonde?) de quem está sendo atendido. Quem é a pessoa? De onde ela vem? Por quê vem buscando atendimento ou consulta? Têm acompanhantes? Qual é a sua história?

                            Evidentemente não existe um questionário padrão, nem muito menos específico para estas e outras questões. Não há gente treinada (“psicólogos descalços”, diriam os chineses, práticos de psicologia com um mínimo de treinamento padrão) para atendimento brando, mole, macio à clientela. O ser humano é atendido de forma dura, grosseira, rústica, áspera, violenta até, pois os hospitais vêem-se tratando dos corpos, não das mentes. Não há psicólogos agregados a hospitais, de serviço dia-e-noite.

                            E, todavia, podemos ver claramente que o corpo é um acessório, um suplemento, um acidente, um anexo, um detalhe diante do principal, do fundamental mesmo que é a mente. Obviamente os atendentes, por serem humanos, têm algum gênero de psicologia residual, não-treinada, que lhes serve de amparo, mas isso é pouco, quase nada. Evidentemente, também, o Hospital geral (enfermarias, prontos-socorros, etc.) devem ser remodelados e re-adequados. Com toda urgência imaginável.
                            Vitória, quinta-feira, 28 de novembro de 2002.

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