Histórias em Quadrinhos dos Antigos
Sobre
original francês de 1981 a Publicações Dom Quixote, de Portugal, lançou a
partir de 1984 uma coleção inteira, 24 álbuns em quadrinhos sobre a história do
mundo, o que farei questão de citar:
1. Ulisses e Alexandre o Grande (Grécia)
2. Os Vikings (nórdicos)
3. Marco Pólo (Itália/China)
4. Cristóvão Colombo (Espanha e Caribe)
5. Vasco da Gama e Afonso de Albuquerque
(Portugal)
6. Cortez e os Astecas (Espanha e México)
7. Pizarro no País dos Incas (Espanha e
Peru)
8. A Descoberta do Brasil (Portugal e
Brasil)
9. Fernão de Magalhães: a primeira volta
ao mundo (Portugal/Espanha)
10. A Conquista do Novo Mundo (Espanha)
11. A Descida do Mississipi (EUA)
12. O Capitão Drake (Inglaterra)
13. O Caminho da Austrália (Inglaterra)
14. Os Exploradores do Pacífico (Inglaterra)
15. A Revolta da “Bounty” (Inglaterra)
16. A Miragem de Tombuctu (Inglaterra)
17. No Coração da África (Inglaterra)
18. Nas Nascentes do Nilo (Inglaterra/Roma)
19. O Cavalo de Ferro (EUA)
20. Darwin nas Galápagos (Inglaterra)
21. A Ásia Desconhecida (França)
22. Ao Assalto do Grande Norte (Noruega)
23. A Corrida ao Pólo Sul (Inglaterra)
24. Da Terra à Lua
(EUA/URSS)
É uma
iniciativa formidável, os livros são espetaculares, tanto pelos roteiristas
quanto pelos desenhistas, o empreendimento devendo ser fartamente imitado pelos
geo-historiadores, como disse a minha filha, Clara, que está cursando história
na UFES, Vitória/ES. Os governempresas são tão tolos que muitas vezes eu fico
encabulado de vergonha. A GH é uma coisa insossa, sem gosto, sem tempero, uma
coisa assim mortinha, apagadinha, boba, exceto para as elites, que sabem ler
palavras. O povo não participa, não se empolga, a menos que passe no cinema. Da
mídia inteira (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet) só a Revista (em
maiúscula conjunto ou família ou grupo de revistas) é usada, e mal no Brasil,
além da TV, um pouco, quase nunca bons programas e documentários geo-históricos,
exceto na TV fechada e assim mesmo não do melhor modo, ilustrativo, contínuo e
organizado, com referências.
Os nomes de
países entre parêntesis eu que coloquei. São sempre europeus do Oeste, fora os
EUA e a ex-URSS; quando calha de haver outro é porque é o destino de alguma
expedição européia. Os europeus são abusivamente etnocentrados e escolhem
sempre seus países. Nunca sobra nada para os outros. As expedições da China, da
Pérsia, do Egito, da geo-história dos maias, incas, astecas e outros
meso-americanos, do Japão, da Índia, do Sudeste asiático, dos países árabes,
etc., nunca aparecem. Isso já encheu as medidas e é preciso que os países de
fora contratem grupos de escritores e desenhistas, além de pesquisadores de
base, para fornecer os argumentos que revolucionarão a contagem REALMENTE
UNIVERSAL. Já há dinheiro de sobra nesses países para isso, nem que seja
através de um consórcio desde já bilionário.
Tanto em
revistas quanto no cinema e na mídia restante essa contagem deve começar,
inclusive com as lendas dos povos, em especial dos povos africanos e das
estepes, que ficam mais de fora que os demais. Precisamos revolver o fundo de
cultura internacional para tirar de lá divertimento sadio, profundo, sério,
atrativo para os povelites ou nações do futuro.
Vitória,
sexta-feira, 29 de novembro de 2002.
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