terça-feira, 10 de janeiro de 2017


Histórias em Quadrinhos dos Antigos

 

                            Sobre original francês de 1981 a Publicações Dom Quixote, de Portugal, lançou a partir de 1984 uma coleção inteira, 24 álbuns em quadrinhos sobre a história do mundo, o que farei questão de citar:

1.       Ulisses e Alexandre o Grande (Grécia)

2.      Os Vikings (nórdicos)

3.      Marco Pólo (Itália/China)

4.     Cristóvão Colombo (Espanha e Caribe)

5.      Vasco da Gama e Afonso de Albuquerque (Portugal)

6.     Cortez e os Astecas (Espanha e México)

7.      Pizarro no País dos Incas (Espanha e Peru)

8.     A Descoberta do Brasil (Portugal e Brasil)

9.     Fernão de Magalhães: a primeira volta ao mundo (Portugal/Espanha)

10.    A Conquista do Novo Mundo (Espanha)      

11.     A Descida do Mississipi (EUA)

12.    O Capitão Drake (Inglaterra)

13.    O Caminho da Austrália (Inglaterra)

14.    Os Exploradores do Pacífico (Inglaterra)

15.    A Revolta da “Bounty” (Inglaterra)

16.    A Miragem de Tombuctu (Inglaterra)

17.    No Coração da África (Inglaterra)

18.    Nas Nascentes do Nilo (Inglaterra/Roma)

19.    O Cavalo de Ferro (EUA)

20.   Darwin nas Galápagos (Inglaterra)

21.    A Ásia Desconhecida (França)

22.    Ao Assalto do Grande Norte (Noruega)

23.   A Corrida ao Pólo Sul (Inglaterra)

24.   Da Terra à Lua      (EUA/URSS)

É uma iniciativa formidável, os livros são espetaculares, tanto pelos roteiristas quanto pelos desenhistas, o empreendimento devendo ser fartamente imitado pelos geo-historiadores, como disse a minha filha, Clara, que está cursando história na UFES, Vitória/ES. Os governempresas são tão tolos que muitas vezes eu fico encabulado de vergonha. A GH é uma coisa insossa, sem gosto, sem tempero, uma coisa assim mortinha, apagadinha, boba, exceto para as elites, que sabem ler palavras. O povo não participa, não se empolga, a menos que passe no cinema. Da mídia inteira (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet) só a Revista (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de revistas) é usada, e mal no Brasil, além da TV, um pouco, quase nunca bons programas e documentários geo-históricos, exceto na TV fechada e assim mesmo não do melhor modo, ilustrativo, contínuo e organizado, com referências.

Os nomes de países entre parêntesis eu que coloquei. São sempre europeus do Oeste, fora os EUA e a ex-URSS; quando calha de haver outro é porque é o destino de alguma expedição européia. Os europeus são abusivamente etnocentrados e escolhem sempre seus países. Nunca sobra nada para os outros. As expedições da China, da Pérsia, do Egito, da geo-história dos maias, incas, astecas e outros meso-americanos, do Japão, da Índia, do Sudeste asiático, dos países árabes, etc., nunca aparecem. Isso já encheu as medidas e é preciso que os países de fora contratem grupos de escritores e desenhistas, além de pesquisadores de base, para fornecer os argumentos que revolucionarão a contagem REALMENTE UNIVERSAL. Já há dinheiro de sobra nesses países para isso, nem que seja através de um consórcio desde já bilionário.

Tanto em revistas quanto no cinema e na mídia restante essa contagem deve começar, inclusive com as lendas dos povos, em especial dos povos africanos e das estepes, que ficam mais de fora que os demais. Precisamos revolver o fundo de cultura internacional para tirar de lá divertimento sadio, profundo, sério, atrativo para os povelites ou nações do futuro.

Vitória, sexta-feira, 29 de novembro de 2002.

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