quinta-feira, 12 de janeiro de 2017


Grupo de Criação Comunitária

 

                            Imagine uma Oficina Municipal/Urbana Comunitária (OMUC, já que há gente que gosta de siglas) na qual populares possam ir recompor por si, ou levar a técnicos que o façam, mobília, objetos quebrados, roupas e várias coisas para as quais não poderiam pagar conserto.

                           Os comerciantes ficariam desde já apavorados, pensando nas vendas que escapariam. Sobre tal temor ser bandido, não há razão de ser, pois os miseráveis já não compram com tanta constância, enquanto sua angústia é bem presente, permanente, de ver as coisas em péssimo estado de conservação.

                            Um galpão, algumas máquinas de segunda, as empresas, os governos ou a adoção autônoma de direção e sentido das lideranças e comunidades podem prover. Ali uma quantidade de jovens e velhos, de homens e mulheres, de gente de toda espécie poderia fazer reparos variadíssimos, dando vida útil muito mais longa às coisas, antes que elas finalmente fossem parar nos lixões. Se, como estimei, existirem dois milhões de bairros e distritos no mundo, eis que isso pode criar um mercado bastante maciço para a construção civil, para a produção de máquinas, aparelhos, instrumentos e programas, de contratação de trabalhadores, de pequenas peças para restauração. Isso se tornaria não apenas um programa capixaba e brasileiro, como mundial. Pensem os políticos na projeção que tal projeto poderia trazer.

                            E dali sairia uma quantidade de coisas novas que interessam não apenas àquelas comunidades, mas a todos os seres humanos, sendo a base de uma OFICINA DE PATENTES. Isso interessa DEMAIS aos empresários e governos, que haja multiplicação dos registros. Os talentos seriam extraídos em dois milhões de lugares diferentes, juntando-se à massa mais antiga de criações.

                           Vitória, segunda-feira, 09 de dezembro de 2002.

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