terça-feira, 24 de janeiro de 2017


Fazendo Política

 

                            Gabriel quer entrar na política partidária, porisso traço aqui para ele e outros como ele diretrizes de conhecimento do modelo.

                            Primeiro, a preocupação (sempre real) com a Bandeira da Proteção: política para o lar, política para o armazenamento, política para a segurança, política para a saúde, política para os transportes. Depois, ligando com a Economia; a BP para os agropecuaristas/extrativistas, para os industriais, para os comerciários, para os dos serviços e para os bancários.

                            Preocupação com a Psicologia geral: figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias. Figuras de homens e mulheres, de jovens e velhos. Preocupações com empregos. Preocupação com as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e com os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nação e mundo). A agora onipresente ecologia, como proteção do ecopatrimônio e conservação das espécies, mas enquanto entendimento profundo das conseqüências.

                            Há que oferecer políticas DISTINTIVAS, mas não por si mesmas, para obter propagandas, que são passageiras, senão pelos efeitos duradouros na construção da coletividade. Coisas diferentes, mas não circenses, porque o espalhafatoso, por ser mentiroso, é volátil, desaparece instantaneamente. A compressão geral, inclusive do Estado, é importantíssima, pois há a tendência de espalhá-lo, à custa do povo pagante dos tributos, porque é o gasto do alheio e não do próprio – como diziam as crianças na minha infância (por terem ouvido de pais desregrados): “o estado é rico”, ou seja, gastar o dos outros é fácil. Comprimir o estado é uma obrigação fundamental. Fazê-lo funcionar em minimax, obtendo os máximos resultados com o mínimo, mais ainda.

                            Expor tudo, tintim-por-tintim, é fundamental, porque nada é melhor e dá mais confiança que a transparência. Não se sentir nem minimamente enganado dá grande tranqüilidade ao povo. Pacifica-o.

                            Há a questão do financiamento da candidatura, que é próprio ou é alheio, neste caso dividindo-se em do partido e de empresas, este mais daninho, porque o candidato eleito torna-se um serventuário de desejos egoístas dos empresários. Melhor seria financiamento do partido, nas brechas de folgas de campanha de candidatos já estabelecidos, ou, melhor ainda, com fundos próprios, único modo de não depender de interesses escusos, escondidos, tordos, impublicáveis. Ser correto é condição de estar defendido de milhares de linhas impróprias de comportamento.

                            Em geral os candidatos não se preocupam em estudar, acham que o “dom de falar” e de pendurar como papagaio de pirata nos ombros alheios basta para ir conduzindo a uma posição de relativa projeção. Estudar é fundamental porque o mundo cada vez mais complexo exige compreensões cada vez mais profundas.

                            Enfim, a candidatura SEMPRE FOI uma construção. A diferença com o presente e o futuro é que ela deve ser cada vez mais cuidadosa, sem ser falsa ou feita de juramentos em falso. Devemos ver a candidatura como um quadro, construindo ponto a ponto para fazer o cenário pretendido.

                            Vitória, quarta-feira, 15 de janeiro de 2003.

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