Escritórios de Psicologia
Coloquei
Psicologia como sendo: 1) estudo das figuras ou psicanálise; 2) estudo dos
objetivos ou psico-síntese; 3) estudo das produções ou economia; 4) estudo das
organizações ou sociologia; 5) estudo dos espaçotempos ou geo-história.
Naquilo
que antes de Freud existia e através dele atingiu uma nova estatura podemos ver
muito mais do que esses que dizem que a Psicologia estaria ameaçada de findar
enquanto utilidade, como li recentemente na capa de uma revista. De modo algum!
Absolutamente! Pelo contrário, agora mesmo está começando a ampliar
desmesuradamente sua presença e capacidade de realização.
É
extraordinariamente vexatório olhar em volta e não ver escritórios de
Psicologia, fora os de psicanálise, que tratam dos ricos e médios-altos em suas
angústias existenciais, como dizem os idiotas (existiria angústia
não-existencial?). Para pessoas (psicologia de indivíduos, psicologia de
famílias, psicologia de grupos, psicologia de empresas) ou ambientes
(psicologia de municípios/cidades, psicologia de estados, psicologia de nações,
psicologia de mundos), ela é mais necessária que nunca, é fundamental. Depõe
contra nós, expõe nossas fraquezas que não tenhamos uma quantidade enorme
desses escritórios espalhados em toda parte. É exatamente porque não os temos
que há tanto tumulto, tanta aflição, tanto amargura, tanto intranqüilidade,
tanta desarmonia, tantos conflitos.
Incrível
que as prefeituras não tenham em seus quadros uma quantidade de psicólogos, ou
as assembléias legislativas, ou as empresas (sociólogos, economistas,
psico-sintetizadores, psicanalistas, geo-historiadores). Veja só que a simples
sugestão de colocar geógrafos e historiadores para trabalhar em governos
municipais pode provocar estranheza. E se você fizer a sua mente alcançar os
órgãos e instituições humanos, verá que em quase todos faltam psicólogos, e
quando existem não tem essa dimensão que o modelo sugere. Não é atraso de vida,
isso?
Vitória,
quinta-feira, 21 de novembro de 2002.
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