Em Que Negócio
Estamos?
Em seu livro A Empresa na Velocidade do Pensamento
(com um sistema nervoso digital), São Paulo, Cia. das Letras, 1999, p. 23, Bill
Gates diz: “Diz
uma velha piada do mundo dos negócios que se as ferrovias tivessem entendido
que estavam no negócio de transportes, em vez de no negócio de aço e trilhos,
estaríamos todos voando pela Union Pacific Airlines”, colorido meu.
Em Decifrando o Genoma (a corrida para
desvendar o DNA humano), São Paulo, Cia. das Letras, 2001, Kevin Davies fala de
J. Craig Venter, um dos criadores da Celera Genomics e dos processos que
aceleraram tremendamente a tradução do ADRN. Tendo se tornado vitorioso e muito
aplaudido por alguns (e detestado por outros, invejosos ou não), Venter foi
indagado sobre que tipo de negócio ele estava montando e ele muito claramente
respondeu: DE INFORMAÇÕES, quer dizer, de compra e venda de
informação-controle ou comunicação, de info-controle, de IC. Não era uma
companhia de biologia, dedicada a pesquisas & desenvolvimentos etéreos,
lunáticos.
Com toda certeza o
empresário precisa identificar corretamente o que está fazendo. Parece trivial,
dado que ao estabelecer a firma é preciso dar o ramo ou o sub-ramo em que ela
pretende operar, segundo uma tabela, de modo que parece mesmo a primeira
identificação. Entrementes, muitos confundem, desde antes de entrar, logo
depois ou mais à frente e desviam-se de sua tarefa principal.
No caso da Union
Pacific, recentemente pensei nas patentes uma série de modificações nos trens
que os fariam extremamente rentáveis. Eles poderiam literalmente voar, sendo
presos ao solo por ganchos, com grandes asas eliminando o atrito e motores
potentes impelindo-os a grandes velocidades relativas, até Mach um, pelo menos,
ou mais. É uma discussão à parte.
Não há, por parte
dos governempresas, preocupação (pré-ocupação, ocup/ação antes, ato permanente
de pensar antes o que é necessário – antecipação) em fornecer aos iniciantes,
através de um escritório próprio, constituído para tal, um banco de dados, sempre
em ampliação. Carecemos disso. Precisamos com urgência.
Vitória,
sexta-feira, 20 de dezembro de 2002.
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