terça-feira, 17 de janeiro de 2017


Em Que Negócio Estamos?

 

                            Em seu livro A Empresa na Velocidade do Pensamento (com um sistema nervoso digital), São Paulo, Cia. das Letras, 1999, p. 23, Bill Gates diz: “Diz uma velha piada do mundo dos negócios que se as ferrovias tivessem entendido que estavam no negócio de transportes, em vez de no negócio de aço e trilhos, estaríamos todos voando pela Union Pacific Airlines”, colorido meu.

                            Em Decifrando o Genoma (a corrida para desvendar o DNA humano), São Paulo, Cia. das Letras, 2001, Kevin Davies fala de J. Craig Venter, um dos criadores da Celera Genomics e dos processos que aceleraram tremendamente a tradução do ADRN. Tendo se tornado vitorioso e muito aplaudido por alguns (e detestado por outros, invejosos ou não), Venter foi indagado sobre que tipo de negócio ele estava montando e ele muito claramente respondeu: DE INFORMAÇÕES, quer dizer, de compra e venda de informação-controle ou comunicação, de info-controle, de IC. Não era uma companhia de biologia, dedicada a pesquisas & desenvolvimentos etéreos, lunáticos.

                            Com toda certeza o empresário precisa identificar corretamente o que está fazendo. Parece trivial, dado que ao estabelecer a firma é preciso dar o ramo ou o sub-ramo em que ela pretende operar, segundo uma tabela, de modo que parece mesmo a primeira identificação. Entrementes, muitos confundem, desde antes de entrar, logo depois ou mais à frente e desviam-se de sua tarefa principal.

                            No caso da Union Pacific, recentemente pensei nas patentes uma série de modificações nos trens que os fariam extremamente rentáveis. Eles poderiam literalmente voar, sendo presos ao solo por ganchos, com grandes asas eliminando o atrito e motores potentes impelindo-os a grandes velocidades relativas, até Mach um, pelo menos, ou mais. É uma discussão à parte.

                            Não há, por parte dos governempresas, preocupação (pré-ocupação, ocup/ação antes, ato permanente de pensar antes o que é necessário – antecipação) em fornecer aos iniciantes, através de um escritório próprio, constituído para tal, um banco de dados, sempre em ampliação. Carecemos disso. Precisamos com urgência.

                            Vitória, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002.

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