Ecoeficiência
Não
sei se na Conferência Rio + 10 (o dez significando 10 anos depois da Rio
92, reunião ecológica realizada no Rio de Janeiro em 1992) que surgiu esse
conceito de ecoeficiência. Quero expandi-lo.
Pensemos
no eixo no qual Deus/Natureza, Ele/Ela, ELI, vendo da Tela Final, em máxima compreensão,
pudesse conduzir o universo em minimax, fazendo o máximo com o mínimo. Por
contraposição as decisões humanas são sempre falhas, mais ou menos. Serão de
maior rendimento quando comportarem menos falhas, e vice-versa. De maior
rendimento serão aquelas que, agindo no presente, causarem menos danos ao
futuro. Por exemplo, se uma empresa joga efluentes no leito de um rio,
poluindo-o, sua eficiência atual é conseguida à custa de ineficiência futura,
até maior esta que aquela, em custo coletivo de correção do rio, em
desaparecimento de espécimes e de espécies, em doenças humanas tratadas ou não
em hospitais – a chamada “distribuição social do prejuízo”, com aproveitamento
pessoal do lucro.
Então,
para cada grupo de empresas, deve ser estimado o CUSTO FUTURO, a par do LUCRO
PRESENTE. Tal custo futuro pode ser tão imenso que não valha a pena manter
aquela atividade no presente. É nesse sentido que a
ecoeficiência deve ser medida. E eco-efi/ciência, ciência da
eficácia ecológica. Quanto ESTAS contas forem feitas veremos que na realidade
certas empresas não dão lucro, dão prejuízo. E aí iremos fechá-las, porque quem
deseja o lucro privado contra custo público muito maior? O público não se
sobrepõe ao particular?
Vitória,
quarta-feira, 09 de outubro de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário