domingo, 1 de janeiro de 2017


Ecoeficiência

 

                            Não sei se na Conferência Rio + 10 (o dez significando 10 anos depois da Rio 92, reunião ecológica realizada no Rio de Janeiro em 1992) que surgiu esse conceito de ecoeficiência. Quero expandi-lo.

                            Pensemos no eixo no qual Deus/Natureza, Ele/Ela, ELI, vendo da Tela Final, em máxima compreensão, pudesse conduzir o universo em minimax, fazendo o máximo com o mínimo. Por contraposição as decisões humanas são sempre falhas, mais ou menos. Serão de maior rendimento quando comportarem menos falhas, e vice-versa. De maior rendimento serão aquelas que, agindo no presente, causarem menos danos ao futuro. Por exemplo, se uma empresa joga efluentes no leito de um rio, poluindo-o, sua eficiência atual é conseguida à custa de ineficiência futura, até maior esta que aquela, em custo coletivo de correção do rio, em desaparecimento de espécimes e de espécies, em doenças humanas tratadas ou não em hospitais – a chamada “distribuição social do prejuízo”, com aproveitamento pessoal do lucro.

                            Então, para cada grupo de empresas, deve ser estimado o CUSTO FUTURO, a par do LUCRO PRESENTE. Tal custo futuro pode ser tão imenso que não valha a pena manter aquela atividade no presente. É nesse sentido que a ecoeficiência deve ser medida. E eco-efi/ciência, ciência da eficácia ecológica. Quanto ESTAS contas forem feitas veremos que na realidade certas empresas não dão lucro, dão prejuízo. E aí iremos fechá-las, porque quem deseja o lucro privado contra custo público muito maior? O público não se sobrepõe ao particular?

                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário