Conversação
Numa conversa, que é
mecânica (estática/dinâmica), o diálogo significa dia/logo, duas lógicas, dois
modos de ver que trocam info-controle ou comunicação. Con-versar é versar
junto, tratar junto, num ritmo rapidíssimo e muito interessante, absorvente
quando partilhada, e admirável, mirável de fora. Convers/ação é o ato
permanente de conversar.
Evidentemente é tão
interessante porque cada lado se lembra de uma coisa e pega carona (diziam
“ponga”, na minha infância, existe no Houaiss eletrônico como um jogo, q.v.) na
fala alheia e tão próxima. Acontece que isso pode ser usado como técnica de
extração de conceitos e formas a partir de um grupo, qualquer que seja, não
precisa ser de gênios em tanques de pensamentos, pode ser o grupo mais díspar e
trivial do mundo. Só de apresentar as imagens e as palavras vão chover
associações, que podem ser gravadas para mineração posterior.
Os governempresas
podem e devem usar essa técnica ou prática até transformá-la em ciência ou
teoria psicológica nas empresas e nos governos, nas políticas e nas
administrações, para resolver quase tudo. O encadeamento sucessivo iria nos dar
bilhões de coisas novas, quando trabalhadas por pessoas encarregadas de triar e
organizar as informações, pois surgiria muita coisa redundante ou já sabida.
Entrementes, em meio à ganga estariam as preciosas pérolas de sabedoria.
Vitória, sábado, 11
de janeiro de 2003.
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