Congresso da Flor
As elites são tão
estúpidas que se houvesse uma intelectualidade orgânica com o proletariado que
fosse minimamente competente já as teria derrubado faz muito.
Observe que há no
Brasil, na Câmara dos Deputados onde se assentam uns 600 deputados de toda a
nação, uma grande representação do campo, a chamada Bancada Ruralista, metade
daquele número ou próximo disso (não sei, vá investigar, se lhe interessar).
Eles se valorizam,
claro, mas não da maneira mais esperta e sutil, pode crer. Apresentam-se como
um bloco, embora não-monolítico. Acontece que a Economia
(agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) tem um
vértice A/E que é duplo, interesses da agropecuária e do extrativismo. A seguir
vemos que a AP se divide em agricultura e pecuária, de forma que já temos três
divisões. A Pecuária geral se divide em vários tipos de gados diferentes. A
Agricultura geral teria inumeráveis representações. Sem falar que esse vértice
A/E influencia todos os demais, especialmente no Brasil, que ainda tem forte
base no campo. Além disso, TODOS OS SERES HUMANOS dependem da alimentação.
Veja só que poderiam
realizar um Congresso da Flor, um
encontro dos floricultores e uma partição dos representantes ruralistas, fração
se dedicando às flores. E assim por diante, de cada produto agrícola. Enfim,
poderiam fazer muito mais propaganda VERDADEIRA, desde sempre, e não só na hora
dos apertos.
Se sou
anarco-comunista, como estou defendendo (aparentemente) os ruralistas, que são
segregacionistas, concentradores fundiários e retrógrados? É que do outro lado
há uma compreensão burra que pretende transformar as nações em grandes cidades,
com castigo do campo, o que é uma tolice rematada, do mesmo modo como a
ruralização excessiva da China o é. Uma teoria pseudo-comunistas estúpida diz
que todos devem ser urbanizados, porque nas cidades estariam os benefícios do
proletariado. Isso é falso, é claro, mas pode ser cativante para alguns. Então,
ataco essa posição cretina com esse argumento prático fornecido ao outro lado.
Vitória,
segunda-feira, 30 de dezembro de 2002.
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