Clonagem e
Ecossistema
No DVD da National
Geographic, Clone, O Futuro do Homem?
- alguém sugere que a clonagem, supostamente a salvação das duas ou três mil
espécies ameaçadas de extinção, pode contribuir para esta, exatamente porque,
imaginando que será haverá um último segundo no qual poderíamos salvá-las tal
não aconteceria e tudo se perderia. A volta anunciada do Tilacino, o Tigre da
Tasmânia desaparecido em 1930, a colocação em estase de centenas de espécies
com células congeladas, tudo isso pode realmente contribuir para a extinção,
pois como se disse no DVD as pessoas podem reduzir seus esforços de
conservação, podem abrandar sua luta.
A dialética
pré-anuncia isso: que algo que fazemos visando acertar a folha de pagamento só
faz piorar tudo; que ser atencioso demais com as mulheres pode passar como
melosa subserviência, que elas detestam; que o abrandamento e o tratamento
civilizado aos que se consideram inimigos pode significar o avanço incontido
deles, presumidamente diante da fraqueza.
É porque, como o
modelo mostra, não são só pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas), são
também ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) no caso humano,
racional, psicológico. Não basta conservar o indivíduo, deve-se conservar
também a cidade. Se queremos que a empresa prospere devemos melhor
concomitantemente seus ambientes.
No caso da
Biologia/p.2 os cenários em que se inserem os organismos, os corpomentes
não-racionais (no caso humano a racionalidade não está no indivíduo isolado e
sim no crescimento da mesopirâmide, composta de pessoas e de ambientes, em oito
níveis ou patamares). Cenários também são extintos e é, aliás, porisso mesmo
que as espécies estão sendo extintas, pela extinção de seus cenários. Que
adiantaria trazer de volta os dinossauros se os cenários deles não estão mais aqui?
Há aí um perigo
insuspeito, realmente.
Vitória,
terça-feira, 07 de janeiro de 2003.
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