Casa
Mídia
Há
revistas que tratam da casa e do jardim, outras de decoração, da cozinha, há
todo tipo de revistas. Há livros dedicados a este e aquele tema. Na TV vários
são os programas, a mídia toda se interessa, de um jeito ou de outro, com
visões variadas e desencontradas, não-focadas, sem um método ou modelo que lhes
dê sustentação lógica e dialética.
Pelo
contrário, proponho que toda a Mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e
Internet) aja de modo concertado, administrado e governado por parceria
governempresarial, com investimentos superpesados, de modo a resolver mesmo
definitivamente em algumas décadas os problemas derivados da presença de uma
visão fragmentada e arcaica.
TV
Casa, Revista Residência, Rádio Lar, Jornal Moradia, Livro do Morar, Internet
da Habitação, o que for. Ligado a isso um Centro
Universal (por enquanto Nacional, ou Estadual, ou Municipal/Urbano) de Pesquisas & Desenvolvimentos Teóricos & Práticos
da Casa.
Fazer
uma devassa mesmo, aplicando as (até agora listadas 22) tecnartes, por um novo Bauhaus,
reconfiguração geral, TODOS OS DIAS DO ANO investigando as casas nos quatro
mundos (primeiro a quarto, cerca de 220 nações, grupos de perto de 55), das
classes do TER (ricos, médios-altos, pobres e miseráveis), das classes do labor
(operários, intelectuais, financistas e militares, além de burocratas), das
classes econômicas (agropecuaristas/extrativistas, industriais, comerciais e de
serviços, e bancários), de montanha ou de vale, de praia ou de interior, de
campo ou de cidade, de centro ou de periferia, em lugares frios ou quentes, de
materiais frágeis ou duradouros, em áreas firmes ou de terremotos.
Enfim,
há material para décadas de investigação, especialmente se forem usados os
recursos de modelação por computador para mostrar vistas explodidas das
construções, os alvarás da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros, o IPTU (Imposto
Predial Territorial Urbano), as redes de água e de esgoto, a proteção contra
animais invasores e competidores por alimentos (ratos, baratas), a preparação
de quintais, a compra de materiais de construção, a realização de contratos de
compra, o registro dos imóveis, quanto reservar do orçamento doméstico, como
decorar, que árvores plantar no quintal, um milhão de perguntas e respostas.
Um
CENTRO DE ATENDIMENTO AO LAR com endereços real e virtual, com
secretarias e departamentos, com centenas de atendentes. Uma UNIVERSIDADE
PLENA DO LAR ensinando a Escolas do Lar espalhadas, um movimento
imperecível (porque, meramente, as pessoas sempre precisarão morar) para olhar
o 1,5 bilhão de residências humanas atuais, e as do passado e as do futuro.
Em
resumo, como é que ninguém pensou algo assim antes?
Às
vezes fico espantadíssimo com o nosso desleixo.
Vitória, sábado, 07 de dezembro de 2002.
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