segunda-feira, 16 de janeiro de 2017


Biblioteca Nicolau V

 

                            Segundo conta Manuel dos Santos Alves em seu livro História da Filosofia, Porto, Porto Editora, talvez 1988, p. 71, “Nicolau V (1447-1455), humanista e protector da humanidade, ainda monge, endividara-se na compra e cópia de manuscritos, paixão que aumentou durante o papado, período em que pagou copistas e adquiriu documentos, tendo enviado delegados em investigação por várias regiões. À morte legou mais de cinco mil volumes à Biblioteca do Vaticano, que havia fundado. Perotto recebeu 500 ducados pela tradução latina de Políbio e Guarino 1000 florins de ouro ela de Estrabão”.

                            Observe que eram cinco mil volumes do século XV, não de agora. Eu mesmo possuo mais que isso, mas cada um pode ser comprado a 30 ou 50 reais (em torno de 10 a 20 dólares), até menos, exceto os mais caros. Não são dispendiosos como eram antes. A Biblioteca de Nicolau V (Tommaso Parentucelli, italiano de Gênova, 1397 a 1455 em Roma, 58 anos entre datas, eleito papa em 1447), naturalmente foi muito cara e das maiores da época. Fundou a Biblioteca do Vaticano (imagine só que lá estão centenas de anos de doações, fora os livros comprados em todo o mundo). Como ele morreu há 2002 – 1455 = 547 anos, a BV caminha para seus seiscentos anos, que devem ser comemorados.

                            Proponho que seja construída uma Biblioteca Religiosa Mundial com o nome de BRM Nicolau V. É fundamental que quem teve amor pelos livros enquanto fonte de saber receba tal homenagem o mais urgentemente possível. Se todos não quiserem contribuir, que a Igreja Católica o faça sozinho, mas é de esperar que todas se reúnam (cristãs ou não) para doar pelo menos UM DÓLAR por pessoa por ano, indefinidamente, de modo que ela possa ir crescendo virtual e realmente.

                            É importantíssimo honrar as pessoas que se destacaram fundando bibliotecas, museus, casas de cultura e outros lugares de reunião.

                            Vitória, domingo, 22 de dezembro de 2002.

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