sábado, 14 de janeiro de 2017


Biblioteca Demétrio Falero

 

                            Simon Singh diz em seu livro O Último Teorema de Fermat (A história do enigma que confundiu as maiores mentes do mundo durante 358 anos), 8ª. Edição, Rio de Janeiro, Record, 2001, p. 64: “A Biblioteca fora idéia de Demétrio Falero, um orador impopular, que fora forçado a deixar Atenas e acabou encontrando asilo em Alexandria. Ele convenceu Ptolomeu a reunir todos os grandes livros, assegurando-lhe que as grandes mentes viriam atrás deles. Depois que os volumes do Egito e da Grécia estavam colocados na Biblioteca, agentes vasculharam a Europa e a Ásia Menor em busca de outros volumes de conhecimentos”, colorido meu.

                            Eu nunca tinha lido isso, nem ouvi falar, nem nada. Nunca soube que uma biblioteca no mundo tivesse esse nome (embora o mundo seja grande demais, eu leio bastante, presto atenção às notícias). A Grande Biblioteca de Alexandria foi idéia desse Falero (o nome dele não consta na Barsa eletrônica, nem no Koogan/Houaiss de papel) e nunca, nunca mesmo, ele foi homenageado, o que é uma falha clamorosa. Veja que Alexandria foi fundada em 332 antes de Cristo, de modo que em 2002 ela estaria completando 2.330 anos, mais ou menos, e ninguém prepara nenhuma comemoração.

                            Ainda está em tempo de a ONU criar uma Biblioteca Mundial Demétrio Falero, nalguma nação, com endereço real e virtual, com todos os livros possíveis postos à disposição de todas as pessoas de todas as nações, para baixar na Internet ou comprar, imprimindo-se na língua de origem ou na língua do destinatário. ISSO PRECISA SER FEITO, e nada melhor que homenagear o DF, pobre coitado esquecido injustamente. As nações devem contribuir, digamos com um dólar por pessoa por ano, o que em dez anos acumularia US$ 60 bilhões. As que não puderem ficam devendo a quem puder dar por elas, para repor no futuro, sem juros, apenas com correção monetária. TODOS os seres humanos devem contribuir para coletar todos os textos, quadros, desenhos, tudo que as (até agora listadas) 22 tecnartes produziram, mais o Conhecimento geral, mais as 6,5 mil profissões produziram em dez mil anos de geo-história.

                            Construamos, pois, a BILIOTECA UNIVERSAL. A ONU deve capitanear a iniciativa com vigor, com generosidade, com grandeza, com inteligência e dignidade.

                            Vitória, sábado, 14 de dezembro de 2002.

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