Biblioteca Demétrio Falero
Simon
Singh diz em seu livro O Último Teorema de Fermat (A história do enigma
que confundiu as maiores mentes do mundo durante 358 anos), 8ª. Edição, Rio de
Janeiro, Record, 2001, p. 64: “A Biblioteca fora
idéia de Demétrio Falero, um orador impopular, que fora forçado a deixar Atenas
e acabou encontrando asilo em Alexandria. Ele convenceu Ptolomeu a reunir todos
os grandes livros, assegurando-lhe que as grandes mentes viriam atrás deles.
Depois que os volumes do Egito e da Grécia estavam colocados na Biblioteca,
agentes vasculharam a Europa e a Ásia Menor em busca de outros volumes de
conhecimentos”, colorido meu.
Eu
nunca tinha lido isso, nem ouvi falar, nem nada. Nunca soube que uma biblioteca
no mundo tivesse esse nome (embora o mundo seja grande demais, eu leio
bastante, presto atenção às notícias). A Grande Biblioteca de Alexandria foi
idéia desse Falero (o nome dele não consta na Barsa eletrônica, nem no
Koogan/Houaiss de papel) e nunca, nunca mesmo, ele foi homenageado, o que é uma
falha clamorosa. Veja que Alexandria foi fundada em 332 antes de Cristo, de
modo que em 2002 ela estaria completando 2.330 anos, mais ou menos, e ninguém
prepara nenhuma comemoração.
Ainda
está em tempo de a ONU criar uma Biblioteca Mundial Demétrio Falero,
nalguma nação, com endereço real e virtual, com todos os livros possíveis
postos à disposição de todas as pessoas de todas as nações, para baixar na
Internet ou comprar, imprimindo-se na língua de origem ou na língua do
destinatário. ISSO PRECISA SER FEITO, e nada melhor que homenagear o DF, pobre
coitado esquecido injustamente. As nações devem contribuir, digamos com um
dólar por pessoa por ano, o que em dez anos acumularia US$ 60 bilhões. As que
não puderem ficam devendo a quem puder dar por elas, para repor no futuro, sem
juros, apenas com correção monetária. TODOS os seres humanos devem contribuir
para coletar todos os textos, quadros, desenhos, tudo que as (até agora
listadas) 22 tecnartes produziram, mais o Conhecimento geral, mais as 6,5 mil
profissões produziram em dez mil anos de geo-história.
Construamos,
pois, a BILIOTECA UNIVERSAL. A ONU deve capitanear a iniciativa com vigor, com
generosidade, com grandeza, com inteligência e dignidade.
Vitória,
sábado, 14 de dezembro de 2002.
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