segunda-feira, 16 de janeiro de 2017


Bases da Vontade

 

                            Veja só como a “vontade” é esquisita.

                            Porque ela deve ter uma base representável no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, em particular na pontescada tecnocientífica, em especial na P/E científica (bases físico/químicas, bases biológicas/p.2, bases psicológicas/p.3, bases informacionais/p.4, bases cosmológicas/p.5 e bases dialógicas/p.6).

                            Enfim, COMO EXPLICAR FISICO-QUIMICAMENTE o exercício de vontade? Porque, ao passar de campartícula fundamental e subcampartículas da Física a átomos e moléculas da Química, desse conjunto aos replicadores e células da Biologia e daí aos órgãos e corpomentes p.2, a seguir às ações psicológicas/p.3, devemos ver desde o início a POSSIBILIDADE DA VONTADE no Desenho de Mundo ou Plano da Criação. Pois se não fosse desde cedo possível não teria acontecido mais tarde.

                            Então, as bases F/Q se situam como preâmbulo das bases neurobiológicas. No DM, Desenho de Mundo que estourou no BB (Big Bang, Barulhão, Grande Explosão, precedida do Grande Estresse), já estava a vontade enquanto potência do fazer sucessivo.

                            Mas, o que vem a ser a vontade?

                            Como vimos no modelo, o universo deve ser tanto contínuo quanto descontínuo. Pela descontinuidade, há um fosso, SOBRE O QUAL SE EXERCE A VONTADE. Como seria isso de um átomo exercer vontade sobre outro? No plano da física/química isso não é descrito como vontade e sim como ação/reação. Não basta dizer que os programáquinas mínimos, uma vez estabelecidos, rodam a vontade. Aqui estou eu e pelo exercício da “vontade” mexo meus dedos, transfiro minha consciência. Meu processobjeto move meus dedos à vontade. Onde temos na realidade apenas “matéria orgânica”, matéria que foi primitivamente organizada pela primeira vontade (como mostrei no artigo x, do Livro y), vamos recuando até essa “primeira vontade” e ali o problema deve mesmo ser resolvido. Como é que essa PV pôde, desde o início, exercer-se? Qual é a tecnociência da Vontade geral? Como matematizá-la, como sequer compreendê-la enquanto conceito primário? Mesmo quando sejamos capazes de preparar os programáquinas mínimos que efetivamente funcionem como MIC (memória/inteligência/controle) novo, como novo ser, ainda assim apenas teremos transferido a vontade, sem explicá-la. Que alta matemática seria essa?
                            Vitória, terça-feira, 17 de dezembro de 2002.             

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