Autocrítica
e Reeducação
Quando entrei na
faculdade de engenharia na UFES havia uma quantidade de grupos de discussão dos
textos de Marx, Lênin, Engels e até Mao. Participei de alguns. Em um ou outro
foram ensaiados os processos remotos, das matrizes ideológicas na URSS e China,
de autocrítica e reeducação.
Eu
tinha profunda simpatia por essas coisas, porque em minha inocência eu não
pensava no lado ruim. Agora o modelo mostrou nitidamente que os pares polares
opostos/complementares bem e mal existe como 50/50, ou seja, 50 % é Mal geral.
Então, todos os seres humanos estão sujeitos a ele, menos 2,5 % ou 1/40,
podendo até os 47,5 % do bem migrar eventualmente ou ter simpatia pelo mal.
Pois
essas pessoas pegam uma coisa inocente, que seria a gente admitir que erra, e
até fazer isso de público, querendo reeducar-se para o acerto, e transforma num
perigosíssimo processo de chacoalhamento dos indivíduos, famílias, grupos e
empresas. As pessoas são bombardeadas, metralhadas em público, são
profundamente humilhadas, estupradas mentalmente, e castigadas da forma mais
rude e grosseira. A dor psicológica de tal processo de retalhamento é mais
aguda que qualquer dor biológica/p.2.
E
isso foi feito nos países ditos comunistas por décadas a fio. Seria preciso
retratar esses desvios com muitas teses de mestrado, doutorado e pós-doutorado,
desde quando começou. Em que lugar? Quão fundo foi? Quantas pessoas atingiu?
Conhecendo tais desvios negros a humanidade poderá futuramente se defender
melhor. Sempre haverá esse tipo de gente que utiliza a simplicidade e os bons
sentimentos para construir edifícios de pura maldade.
Por
essa razão tais coisas devem ser terminantemente proibidas, tanto a autocrítica
pública quanto a reeducação por iniciativa do Estado.
Vitória, quinta-feira,
26 de dezembro de 2002.
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