As
Preocupações das Burguesinhas
Vi
no canal GNT entrevista com mulheres que lançaram determinado livro. Durante a
entrevista elas manifestaram a dificuldade que tinham de contar apenas com
agendas para anotar os compromissos, falando então da angustiante necessidade
de escrever em papeizinhos que iam se acumulando na bolsa, com todas as
perturbações que isso pode ocasionar em mentes tão sofredoras.
Em
momento em que há tantos problemas no mundo, como fome, perseguições políticas,
tantos refugiados, tantas minas terrestres na África e na península coreana,
quando há tantos aidéticos por toda parte, tanta concentração de renda, aquela
preocupação delas realmente avulta, tão relevante que é.
Eis
um índice da alienação das elites, sejam as monetárias e da riqueza geral,
sejam as intelectuais. Elas não têm mais o quê pensar e fazer? Agora devemos os
brasileiros todos preocupar-nos com os pequenos papéis que atulham as bolsas
das burguesinhas? Acho que esta nação brasileira endoidou de vez ao dar tanto
espaço a tamanha besteira. E não só essa, valeria a pena contá-las em todas as
redes de TV brasileiras e na restante mídia (Rádio, Revista, Jornal, Livro e
Internet), enquanto tarefa premente da Academia, especialmente de psicólogos
(psicanalistas, psico-sintetizadores, economistas, sociólogos e
geo-historiadores). Quanto tempo geral pode ser gasto com tolices? E isso
comparando-se com os graves problemas que corroem o mundo por dentro, que pesem
as mensagens reparadoras dos iluminados.
O
mundo-Terra está indo de mal a muito pior, mercê de tanto vazio mental e
cultural de quase todos e quase cada um. É assombroso!
Vitória,
quarta-feira, 15 de janeiro de 2003.
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