quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


As Doenças do IC e das FH

 

                            Em seu livro, Os 100 Maiores Cientistas da História, Rio de Janeiro, Difel, 2002, p. 364, John Simmons diz: “LOUIS PASTEUR [5] e ROBERT KOCH [44] desenvolveram a teoria da doença causada pelos germes, e Paul Ehrlich é o responsável pela generalização de que a doença é, essencialmente, química”, colorido meu.

                            Não é apenas isso, a doença existe em toda a pontescada tecnocientífica e, aliás, em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, menos na Matemática, que é centro). Existe na pontescada científica: doenças físicas/químicas, doenças biológicas/p.2, doenças psicológicas/p.3, doenças informacionais/p.4, doenças cosmológicas/p.5 e doenças dialógicas/p.6. Existem em todas as fitas de herança, FH, como o ADRN, que é a FH dos replicadores.

                            Elas estão presentes na micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos, corpomentes), na mesopirâmide (nas pessoas: indivíduos, famílias, grupos e empresas; nos ambientes: municípios/cidades, estados, nações e mundos), na macropirâmide (planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos, pluriverso). Tudo adoece.

                            Há dois gêneros de doenças: as estáticas e as dinâmicas.

                            As ESTÁTICAS são DEFEITOS DE FORMAÇÃO, de objeto, de forma, de desenho, de replicação da figura. As DINÂMICAS são DEFEITOS DE PROCESSO, não de objeto, de replicação do processo ou programa, como o do ADRN, quando é ele copiado defeituosamente, incompleta ou excessivamente.

                            Um quadro que esteja sendo copiado e tenha deslocado nem que seja um pixel ou ponto apenas tem um defeito de forma. Mas se o programa que controla a máquina que faz o quadro têm um furo qualquer este é um defeito de programa. Obviamente há a reunião deles, os defeitos estaticodinâmicos, ou mecânicos, de formestrutura.

                            Não apenas no nível físico/químico há defeitos, há-os em todos os patamares. Mas os F/Q só podem ser de forma, pois nesse nível não há propósito. Somente no nível biológico/p.2 é que podemos falar de defeitos de processo, digamos DEFEITOS DO PROGRAMÁQUINA DO ADRN. Do biológico para cima temos informação-controle ou comunicação, info-controle, IC, daí DEFEITOS MECÂNICOS DE IC, quanto há troca de IC, por exemplo, quando há transferência de IC entre um programáquina e outro. Vírus de computador são doenças informacionais DE MEMÓRIA, pois não existe ainda inteligência artificial.

                            Ora, veja, onde existe doença tanto pode haver cura quanto intenção de infecção, por exemplo, agressões externas motivadas, como as guerras, o que coloquei já no modelo, do tipo das guerras psicológicas, guerras químicas, guerras biológicas. Aliás, as GB e as GQ são na verdade guerras psicológicas – todas o são, guerras humanas, racionais, psicológicas (em que são atacadas as figuras ou psicanálises; os objetivos ou psico-sínteses; as produções ou economias; as organizações ou sociologias; as geo-histórias ou espaçotempos). Um ataque à figura ocorre quando um desprevenido ministro britânico é pego noutra cama que não a da esposa e a publicação escandaliza. Um ataque à economia pode ser uma compra agressiva de empresa ou outra qualquer.

                            Ela é química porque podemos voltar na pontescada. Poderíamos achar uma base física, ou biológica, etc. No fundo mesmo as doenças são vetores de desagregação da troca de IC entre um e outro conjunto, independentemente de quem esteja numa e noutra ponta. Genericamente é isso. Como tais as doenças, no sentido mais lato possível, estão ou deveriam estar dentro da Teoria da Informação (ou do Info-Controle, falando mais propriamente), investigando-se então o emissor, o meio de transmissão e o receptor do IC corruptor. A Pedagogia (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de pedagogias) ou teoria da transferência de IC por meio da domesticação classista, isto é, com interesse de classe, dita educação não passa de um processobjeto corruptor, em que a pessoa que entra é forçada progressivamente a adotar os trejeitos de produçãorganização de classe, agoraqui o capitalismo de terceira onda.

                            Como é que as multinacionais transferem suas heranças de IC? Fazem-no com gente treinada a evitar as infecções psicológicas presentes no Meio geral. Elas preparam suas FH cuidadosamente, sem sequer perceber que o estão fazendo, e transferem diariamente o seu precioso info-controle, muito ciosamente, com muito, com extremo cuidado, do mesmo modo que os ouriços caixeiros espinhentos fazem amor, com muito cuidado. Quem está passando e quem está recebendo nem sabe disso, não vê o IC mudando de cabeças, e sem fosse chamada sua atenção ficariam surpresos. Automaticamente tomam suas injeções antidoenças pela doutrinação empresarial antinfecciosa. Do mesmo modo procedem os governos e todos os demais conjuntos.

Paul Erlich (Alta Silésia, então Polônia, agora Alemanha, 1854 a 1915, 61 anos entre datas) viu uma parte, o que foi um grande feito. Ninguém ainda forneceu o cenário completo, que apenas desenho levemente aqui e no modelo. É preciso ter uma visão do grande quadro. Qual é o mecanismo comum às doenças informacionais e de controle?

                            Vitória, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002.

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